O fadista, de 28 anos, fará uma homenagem, às 21:00, ao músico Martinho d'Assunção (1914-1982), de quem vai interpretar "Nostalgia".
Marco Oliveira também interpretará guitarra clássica e é acompanhado pelos mesmos músicos com quem gravou o disco, Ricardo Parreira, na guitarra portuguesa, e João Penedo, no contrabaixo.
Em declarações à Lusa, Marco oliveira referiu-se ao CD como mais afirmativo da sua personalidade artística, e realçou que, além de cantar, neste álbum também toca guitarra clássica e teve "audácia" de assumir a autoria de músicas e letras.
Entre as autorias da letra, Marco Oliveira glosa uma quadra de Tristão da Silva, "O bem do mal", no Fado Madre de Deus, de Ricardo Rocha, e junta versos seus aos de Carlos Conde (1901-1981), em "Disfarce", que interpreta com o veterano António Rocha, o que, para si, constitui "uma honra", numa melodia de Filipe Pinto.
Esta parceria com António Rocha, fadista e poeta com mais de 50 anos de carreira, demonstra como Marco Oliveira se vê no fado: "Ser uma ponte entre a tradição e o que hoje fazemos e sentimos, a contemporaneidade, isto é, para mim, o fado".
Uma das suas referências é António dos Santos (1919-1993), "que revolucionou a linguagem, e inventou a toada de Lisboa", de quem canta "Gaivotas em terra", um poema de Mascarenhas Barreto, e de quem também gravou "Elegia da saudade II", com letra de sua autoria.
Em termos de autorias, Marco Oliveira assina a composição de abertura do CD, "Prelúdio da despedida", a letra e música de "Canção de Fé", e ainda de "Fado à janela", de "Valsa da Despedida" e "Avenidas".
Marco Oliveira assina também as composições de "Cantiga", um poema do madeirense Cabral do Nascimento, "Novembro", um poema de Ana Sofia Paiva, os poemas "Elegia da saudade", na melodia do Fado saudade, de Daniel Martins, e "Desenlace", com música de Pedro Rodrigues.
Durante a atuação do fadista, o trânsito será interrompido no largo do Chafariz de Dentro, em Alfama.
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