O novo álbum do fadista Telmo Pires, “Ser fado”, produzido pelo músico Davide Zacarria, é editado em fevereiro próximo, disse à Lusa fonte da discográfica Traumton Records.
O novo álbum, cujo ‘single’ de apresentação é “Fado fantasma”, um poema de Nuno Miguel Guedes interpretado na melodia do fado triplicado, de José Marques, é constituído por 12 temas, quatro deles assinados por Telmo Pires, alguns inéditos, um tema de António Variações, “Ao passar por Braga abaixo”, e recriações do repertório de Amália Rodrigues, como “As mãos que trago”, de Cecília Meirelles, com música de Alain Oulman.
“Um álbum com o qual desejo apresentar-me e dar-me a conhecer de forma mais alargada em Portugal”, disse à Lusa o fadista que, atualmente, realiza uma digressão pela Alemanha.
Neste seu segundo álbum gravado em Portugal, Telmo Pires é acompanhado pelos músicos Fernando Silva e Sandro Costa, na guitarra portuguesa, Cajé Garcia, na viola, Frederico Gato, na viola baixo, Jorge Carreiro, no contrabaixo, e Davide Zaccaria em percussão, viola e violoncelo.
Amadeu Magalhães participa no tema de António Variações, com concertina e bombo, e Paolo Massamatici, em oboé, em “Desfeito”, de Telmo Pires e David Zacaria.
O disco é editado em Portugal, no dia 19 de fevereiro e, internacionalmente, em março, disse o fadista, que realçou o trabalho da “ótima equipa” que voltou a juntar.
Três dos temas assinados por Telmo Pires são interpretados nas melodias tradicionais do Fado Vianinha, de Francisco Viana, “Pode ser”, do Fado Versículo, de Alfredo Marceneiro, “No meu olhar”, e no Fado Bailado, também de Marceneiro, “Silêncio no meu coração”.
Davide Zacaria musicou “Desfeito”, também assinado por Telmo Pires, e ainda “Amanhã no mar”, de Tiago Espírito Santo.
A dupla Jorge Fernando e Custódio Castelo assina “Ausente”, e o outro poema inédito, “Amor escondido”, de Daniel Costa-Lourenço, é interpretado no Fado Alfacinha, de Jaime Santos.
“Ser fado” sucede a “Fado promessa”, de 2013, e é o quarto álbum da carreira do fadista, que começou a interessar-se pelo fado através dos discos de Amália Rodrigues e de Carlos do Carmo, que os pais possuíam.
Referindo-se à opção pelo fado, Telmo Pires afirmou que “era um sonho que acalentava há muito”.
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