Na estreia em Portugal, e no arranque de uma digressão de verão, os Hollywood Vampires fizeram versões de alguns dos temas emblemáticos do rock, com Alice Cooper a assumir o papel de líder, embora grande parte do protagonismo tenha sido roubado pelo ator e guitarrista Johnny Depp.
De cada vez que o ator se chegava à frente do palco ou o percorria de ponta a ponta, o público erguia os braços e vários cartazes – alguns com ofertas de casamento. As despesas de interpretação dos temas ficaram entregue sobretudo aos restantes elementos da superbanda.
O alinhamento incluiu “20th Century Boy” (T.Rex), “My Generation” (The Who), “Whole Lotta Love” (Led Zeppelin) e “Come Together” (The Beatles), mas também houve tempo para recordar dois nomes desaparecidos há poucos meses: David Bowie e Lemmy Kilmister (Motörhead).
Joe Perry, guitarrista dos Aerosmith, teve tempo de destruir uma guitarra, substituída por outra onde figurava uma fotografia de Jimi Hendrix, e interpretou, no registo mais “blues-rock” do concerto, “Stop messin’ around”, dos Fleetwood Mac.
Mesmo sendo um grupo maioritariamente de versões, os Hollywood Vampires mostraram um par de temas inéditos, entre os quais “As bad as I am”, escrito por Johhny Depp.
Alice Cooper, que se auto-intitulou “o último vampiro ainda vivo”, numa referência ao grupo que se juntava nos anos 1970 para beber num bar em Los Angeles, fechou o concerto, já no ‘encore’ , a cantar “School’s out”, com uma referência a “The Wall”, dos Pink Floyd.
O grupo, do qual também fazem parte Robert DeLeo, Matt Sorum, Tommy Henriksen e Bruce Witkin, no final tirou um retrato em palco e com o público em fundo, a compor a moldura da noite.
Sexta-feira ficou ainda marcada ainda por uma atuação encurtada dos norte-americanos Korn devido a problemas técnicos.
O Rock in Rio Lisboa prossegue hoje, sábado, com Maroon 5 como cabeças-de-cartaz.
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