Exposições com obras de Pedro Calapez, na maioria inéditas, e sobre a presença dos artistas Vieira da Silva e Arpad Szenes na Coleção Fundação Ilídio Pinho, inauguram hoje a temporada expositiva do museu dedicado a estes dois artistas, em Lisboa.

Até 16 de janeiro, com curadoria de João Pinharanda, o artista Pedro Calapez vai ocupar o espaço das exposições temporárias do piso 1 da Fundação Arpad Szenes – Vieira da Silva, apresentando "Perto da margem", uma mostra que integra obras realizadas em diversos suportes e técnicas, na sua maioria inéditas, e datadas de 2018 a 2021.

Algumas das obras apresentadas têm caráter de instalação dialogando explicitamente com os cinco espaços de apresentação, e todas refletem os temas que o artista vem desenvolvendo ao longo de 40 anos de trabalho, "obcecado pelos diferentes modos e espaços do olhar", segundo um texto divulgado pelo museu.

"É permanecendo, e, reflexivamente, saindo desse espaço convencional, que as obras de Calapez conquistam as suas formas e se expandem perante o olhar de quem as observa. Por um lado, Calapez desvenda territórios no contínuo descobrimento de si próprio; por outro, o espetador, solicitado pela desmultiplicação das formas, das cores, das matérias, pelas coincidências e descoincidências entre forma-suporte e cor, entre suporte e espaço, é conduzido a meditar sobre o que vê e sobre as condições plásticas e espaciais que proporcionam esse exercício", acrescenta.

Ainda no quadro da nova temporada de exposições, é inaugurada uma mostra sobre a presença da obra do casal de artistas Maria Helena Vieira da Silva e Arpad Szenes na Coleção Fundação Ilídio Pinho, e que fez parte da exposição "Irradiação Vieira — obras da coleção Fundação Ilídio Pinho", no mesmo museu, mas com obras de vários artistas, encerrada a 26 de setembro de 2021.

Naquela mostra foram exibidas dezassete obras de Vieira da Silva raramente apresentadas ao público, e que, segundo a curadora, Isabel Carlos, são representativas das grandes linhas temáticas e expressivas que atravessam o universo artístico da pintora: as bibliotecas, as cidades, os azulejos, os labirintos, as tramas e teias e, de um modo mais lato, o espaço, a luz e a perspetiva.

Cronologicamente, nesta coleção privada, a obra mais antiga de Vieira da Silva é um "sem título", de 1941 – ano em que o casal estava a viver no Rio de Janeiro, no Brasil, para fugir da II Guerra Mundial –, mas é o período entre 1948 e 1965, um dos mais criativos e produtivos de Vieira da Silva, que mais se encontra representado.

Também está prevista a inauguração da exposição "Kaissa", com fotografias da artista Anne Lefebvre, nascida em 1963, em Boulogne-Billancourt, França, e que primeiro estudou pintura na Faculdade de Belas Artes de Paris e, depois, fotografia, na Parsons School, na mesma cidade.

O seu trabalho é exibido regularmente em França, Bélgica, Alemanha e Portugal. Tem também vários livros de fotografia editados.

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