"Na área ‘gourmet' queremos ter alguns dos melhores ‘chefs' do país para se debruçarem sobre a cozinha regional do Alto Minho. Esta zona vai ficar instalada no local onde ficará palco principal", revelou à agência Lusa, um dos responsáveis da promotora que organiza o mítico festival, Paulo Ventura.
De acordo com aquele responsável, o objetivo é "fazer um festival tranquilo, adulto, familiar e sem invasão de marcas para que as pessoas se possam divertir e estar em família".
"Tranquilidade é a palavra que melhor define o que queremos fazer do festival mais antigo do país e que se realiza num local lindíssimo. Queremos que as pessoas sejam felizes em Vilar de Mouros", destacou.
A edição 2016 do festival de Mouros vai decorrer entre 25 e 27 de agosto, organizado pela empresa Surprise and Expectation, criada em Caminha, um consórcio constituído pela Probability Makers e pela Metrónomo. A nova empresa, com sede em Caminha, foi constituída em abril passado após a saída da promotora Música no Coração do consórcio que, em setembro de 2015, tinha sido apontado como organizador do evento.
Além do palco principal, que implica a compra de bilhete, o evento terá ainda um segundo palco, de acesso gratuito, a instalar no recinto inicial do mais antigo festival português, o "Woodstock à portuguesa”, fundado em 1971.
Segundo Paulo Ventura nessa zona do segundo palco, que receberá a designação "O outro Vilar de Mouros", haverá "música, cinema, tasquinhas e um conjunto de atividades".
Quanto ao palco principal, segundo Paulo Ventura, "falta contratar mais duas bandas para fechar o cartaz da edição 2016 que será oficialmente anunciado no próximo dia 07 de junho, no mesmo dia em que começam a ser vendidos os bilhetes para o evento".
O responsável confirmou os nomes anunciados nas últimas semanas como Peter Murphy, Waterboys, Happy Mondays, Echo& the Bunnymen, Peter Hook, Tinddersticks, Milky Chance, Linda Martini, Legendary Tigerman, Blasted Mechanism, Neev, David Fonseca, Tiago Bettencourt e António Zambujo, Manuel Fúria e Samuel Úria.
Paulo Ventura acrescentou que a organização "vai direcionar a estratégia de comunicação do festival para a vizinha Espanha porque o cartaz integra muitos artistas do agrado do público espanhol".
A Câmara de Caminha vai atribuir um apoio financeiro de 40 mil euros ao festival e transferir 15 mil euros para a Junta de Freguesia de Vilar de Mouros para a realizar de investimentos no recinto do festival.
Em 2007, a um mês da sua realização, o festival foi cancelado por dificuldades de entendimento entre os vários parceiros envolvidos na organização e foi retomado em 2014, a cargo da Associação dos Amigos dos Autistas (AMA). No final dessa edição, que marcou o relançamento do evento após um interregno de oito anos, aquela Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS) anunciou o regresso, em 2015, nos dias 30, 31 de julho e 01 agosto, que viria a ser cancelada pela Câmara Municipal.
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