Miguel Silva, diretor de marketing da Red Bull Portugal, produtora do documentário, declarou à agência Lusa que o objetivo é "mostrar que há um outro lado da cultura açoriana que não aparece nos postais turísticos do arquipélago".
O responsável afirmou que este outro lado "nasceu como uma forma de expressão das comunidades populares mais 'underground' das ilhas de São Miguel e da Terceira”, com "expressivas ramificações" aos EUA.
"Ou seja, é apresentado um retrato do hip-hop nascido e produzido nos Açores. O caráter singular de uma cultura com identidade sonora muito própria é o tema central do documentário", declarou Miguel Silva.
O elemento da Red Bull Portugal disse que o documentário, com a duração de 21 minutos, conta uma história "intensa repleta de contrastes, entre as paisagens idílicas e a realidade crua de bairros considerados problemáticos", como é o caso de Rabo de Peixe.
"Para ilustrar esta expressão cultural são chamados vários protagonistas, um conjunto de ‘rappers’, incluindo o lendário Sandro G, que revelam a insularidade como fonte de inspiração e os próprios elementos que moldaram a história e a vivência dos açorianos como força motriz da criação", referiu.
Questionado sobre se foram encontradas diferenças entre o hip-hop nacional e regional, para além do sotaque, Miguel Silva considerou que há uma "tendência generalizada" para abordar os temas da insularidade, isolamento, ausência, frustração, entre outros, tendo salvaguardado que a "relação de proximidade" com os EUA acaba por influenciar a forma de "dizer ou contar as histórias”.
O documentário terá uma antestreia no último dia do festival Tremor, estreando em www.redbull.pt a 10 de abril, com uma digressão pelas cidades de Lisboa, Porto e Angra do Heroísmo, na ilha Terceira.
Participam no documentário 14 rappers das ilhas Terceira e São Miguel.
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