“Começámos este mês a instalar a parte cénica e as bancadas. Penso que essa obra estará pronta no final de dezembro, se não houver nenhum atraso. Depois é apetrechar o resto do teatro. Espero no início do segundo semestre estarmos a abrir o Variedades”, disse Diogo Moura à Lusa, à margem da conferência de imprensa de apresentação da edição deste ano no festival Iminente.
O Teatro Variedades, sob gestão da Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural de Lisboa (EGEAC), está desativado há mais de trinta anos.
Inaugurado em 1926, o Variedades foi palco de espetáculos de revista e teatro declamado até 1966, ano em que deflagrou um incêndio no edifício, sendo depois recuperado.
Nos anos 1990, acolheu alguns programas de televisão e abriu para apresentações esporádicas, mas acabou por encerrar na mesma década.
O Variedades situa-se em frente ao Capitólio, inaugurado em julho de 1931 e que, depois de encerrado durante mais de 30 anos, teve obras de requalificação, concluídas no final de 2016.
Em 2017, a promotora Sons em Trânsito venceu o concurso de concessão do Capitólio, cujo contrato vigora até outubro. Depois dessa data, o Capitólio passa a ser gerido pela EGEAC.
De acordo com o vereador da Cultura, Diogo Moura, o novo plano de gestão daquele espaço deverá ser apresentado até ao final deste mês.
O governante adiantou hoje à Lusa que o Capitólio “vai ter uma componente de ligação com o Variedades, quer em termos de equipas, quer em termos de projeto”.
“Não daquilo que é a missão, porque o Variedades pelo próprio espaço físico terá teatro e outro tipo de espetáculos. O Capitólio está muito, pela sua estrutura, condicionado ao tipo de espetáculos que pode fazer: dança, música, alguns eventos ‘corporate’”, referiu.
A requalificação do Parque Mayer, cujo 100.º aniversário foi celebrado em julho do ano passado, foi iniciada pelo anterior executivo municipal, sob a presidência de Fernando Medina (PS), e está a ter continuidade com o atual presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas (PSD).
A autarquia está a reabilitar a zona “com o intuito de recuperar os teatros e voltar a posicionar o Parque Mayer como um espaço de cultura de referência na cidade”, lê-se num comunicado divulgado em junho do ano passado pela Câmara.
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