"Não tenho a certeza do que @joerogan acha de mim ou do meu governo, mas não importa. Se a liberdade de expressão significa alguma coisa, é que as pessoas deveriam ser livres de dizer o que acham, não importa se concordam ou discordam de nós", escreveu Bolsonaro na quarta-feira num tweet apenas em inglês, algo incomum na sua conta.

"Mantenha-se firme! Abraços do Brasil", concluiu o presidente brasileiro, que tem 7,2 milhões de seguidores no Twitter e já foi punido em diferentes redes por divulgar informações falsas sobre a pandemia no país.

Rogan, de 54 anos, tem um podcast popular na plataforma sueca Spotify e é acusado de ter desencorajado jovens vacinarem-se, além de promover um tratamento não autorizado contra o coronavírus.

A polémica começou quando o músico canadiano Neil Young pediu ao Spotify que retirasse as suas canções da plataforma, em protesto por hospedar o conteúdo de Rogan. A cantora Joni Mitchell também anunciou a retirada da sua música pelo mesmo motivo.

Após as críticas, o Spotify anunciou que vai acrescentar um aviso para os ouvintes de podcasts que abordam a COVID-19, direcionando-os para conteúdos com informação factual sobre a pandemia, entre outras medidas de combate à desinformação.

Manteve, porém, o espaço de Rogan na sua plataforma, com quem tem um acordo de exclusividade.