"Há muitas pessoas preocupadas com o que vai acontecer", afirmou hoje o diretor artístico da Casa da Música, António Jorge Pacheco, num evento de apresentação na embaixada de Portugal em Londres.

É por essa razão que o tema será abordado numa conferência no dia 21 de janeiro, no fim de semana de abertura oficial do Ano Britânico na Casa da Música, que vai decorrer até ao final de dezembro do próximo ano.

A diretora do departamento de música do British Council, Kathy Graham, vai moderar o debate com Nicholas Kenyon, diretor do centro de artes Barbican e antigo diretor do festival de música BBC Proms, o crítico Tom Service e a diretora da agência nacional para a música britânica Sound and Music, Susanna Eastburn.

Kenyon foi ativo na campanha pela permanência do Reino Unido na União Europeia, mas o referendo de 23 de junho ditou a saída do país da UE.

Posteriormente, tem vincado a necessidade de manter relações da música britânica com a Europa, salientado os benefícios registados nos últimos anos, incluindo a livre circulação de músicos e compositores.

O Ano Britânico vai começar com um festival, entre 19 e 22 de janeiro intitulado "God Save The Queen!", que será uma mostra da música britânica "desde a primeira 'Idade do Ouro' (...) ao melhor da composição britânica contemporânea".

O compositor em residência na Casa da Música em 2017 vai ser Harrison Birtwistle, descrito pela instituição como "a voz mais proeminente da composição britânica atual".

O programa do evento foi hoje apresentado na embaixada de Portugal em Londres por elementos da Casa da Música a parceiros de instituições britânicas e jornalistas.