Os filmes da saga James Bond continuarão a ser lançados nos cinemas, apesar do anúncio de que o lendário estúdio de Hollywood Metro Goldwyn Mayer (MGM) vai ser comprado pela Amazon por 8,45 mil milhões de dólares [6,91 mil milhões de euros].

"Estamos empenhados em continuar a fazer filmes James Bond para os espectadores de cinema a nível mundial", disseram em comunicado à Variety os produtores Barbara Broccoli e Michael G. Wilson, donos da Eon Productions.

Apesar de ainda estar sujeito à aprovação das autoridades reguladoras, a notícia do negócio entre Amazon e MGM tinha gerado a expectativa de que o próximo filme da saga poderia já ser lançado em streaming: atualmente, "007: Sem Tempo Para Morrer" tem estreia anunciada para os cinemas portugueses a 30 de setembro.

Mas quaisquer que venham a ser os futuros planos da Amazon e Jeff Bezos, as "chaves" da saga vão continuar na posse de Barbara Broccoli e Michael G. Wilson e da sua Eon, tal como acontece desde o primeiro título com Sean Connery em 1962.

Segundo o acordo original, a United Artist (mais tarde comprada pela MGM) tem os direitos para financiar e distribuir os filmes, dividindo os lucros com a produtora, que tem a palavra final nas decisões artísticas (incluindo o "casting" de Bond), planos de marketing e distribuição, eventuais "spinoffs" e até séries. Fundada por Albert R. "Cubby" Broccoli e Harry Saltzman, a produtora mantém-se na família e não está cotada em bolsa.

Adiado várias vezes por causa da pandemia e com a MGM a precisar de liquidez para fazer face às dívidas, em outubro de 2020 circularam notícias de que o estúdio teria oferecido "007: Sem Tempo Para Morrer" com uma licença de exibição de um ano por 600 milhões de dólares durante conversações com Netflix, Apple e Amazon Prime Video.

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A ideia não terá passado da fase exploratória por várias razões: nenhuma plataforma de streaming se mostrou disponível para pagar mais de metade do valor pedido e a produtora Barbara Broccoli "rejeitou totalmente" a solução, fazendo valer o seu poder de veto.

Além de ser a despedida de Daniel Craig como agente secreto, depois de "Casino Royale" (2006), "Quantum of Solace" (2008), "Skyfall" (2012) e "Spectre" (2015), o novo filme representa um dos maiores investimentos económicos de Hollywood, que tem a presença de várias marcas (carros, relógios, álcool, etc.) e precisa do mercado global no seu máximo potencial para ser um gigantesco sucesso de bilheteira.

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