A edição deste ano bateu o recorde de inscrições, com 952 obras a candidatarem-se à competição, o que representa mais 83 do que em 2011, de que resultou a seleção de 97 trabalhos, mais de metade dos quais são estreias nacionais e 20 por cento em estreia mundial.
O filme da sessão de abertura, no Centro Multimeios de Espinho, é
«Le Tableau», do realizador francês Jean-François Laguionie, uma coprodução franco-belga de 2011, que revela um curioso universo onde os heróis são personagens pintados por um misterioso pintor que eles procuram, passando de quadro para outro.
Às sessões competitivas há ainda que juntar 170 filmes, entre os quais se incluem retrospetivas da escola polaca de animação, clássicos de marionetas da Eslovénia, uma seleção de obras da Alemanha, outra sobre produções realizadas com recurso a software livre e ainda mostras com o melhor dos festivais Cartoon D'Or e Cesar.
Em declarações à agência Lusa, António Santos, presidente da Cooperativa Nascente, que organiza o evento desde 2006, admitiu que a atual conjuntura teve algum efeito no orçamento da iniciativa, que envolve cerca de 100.000 euros, mas garante que o Cinanima de 2012 será «um festival de grande qualidade em termos cinematográficos» e mantém-se como «um grande destino mundial do cinema de animação».
Anunciando para as obras a concurso uma grande diversidade ao nível da técnica cinematográfica e da proveniência geográfica da produção, António Santos declarou que «o cinema de autor já se habituou a encontrar no Cinanima uma plataforma de afirmação para as suas obras», mas realça que o programa não competitivo tem também o mérito de proporcionar ao público em geral «a única oportunidade do ano para aceder a uma cinematografia que não está disponível em mais lado nenhum».
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