Abandonar o registo inicial com o corte do cordão umbilical com Brody (Damian Lewis) foi o melhor que podia ter acontecido à série, pois ligavam-na à israelita "Hatufim", que inspirou os argumentistas Howard Gordon e Alex Gansa a desenvolver a série norte-americana.
"Segurança Nacional" inicia uma nova etapa com um "refresh" narrativo que coloca no terreno a protagonista Carrie Mathison (Claire Danes), a brilhante agente bipolar da CIA, com o seu habitual olhar vidrado, a viver um cenário ainda mais próximo da atual realidade. A escrita volta a estar afiada, com as divisões políticas em Washington, a reação no palco da guerra contra o terrorismo (Afeganistão e o Paquistão), os ataques dos drones e as fações sem rosto do terrorismo internacional.
A nível pessoal, Carrie tem de lidar com uma nova etapa representada pela sua filha, fruto de uma relação que ela gostaria de esquecer. À sua volta continuam a gravitar figuras interessantes como os estrategas Saul (Many Patinkin) e Dar Adal (F. Murray Abraham). O ator Suraj Sharma ("A Vida de Pi"), a novidade desta temporada, interpreta um estudante de Medicina, provavelmente um terrorista na calha após o ataque de um drone vitimar a família.
A ação inicia-se no Paquistão com o linchamento nas ruas de Islamabad do chefe da estação da CIA perante Carrie e Peter Quinn (Rupert Friend), após o acesso a informação dúbia ter provocado inúmeros danos colaterais, vitimando inocentes num ataque de um drone americano. Este evento desencadeia a narrativa e a possível conspiração no seio desta temporada, com os personagens a estar longe da pátria com vista à sua proteção e na linha da frente de uma violenta reação às ações dos Estados Unidos no Paquistão.
O que acontece a uma série popular após o desaparecimento de um dos seus protagonistas? Será que Claire Danes consegue carregar o manto de "Segurança Nacional"? A quarta temporada diz-nos que sim e é para acompanhar na Fox.
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