
A abrir as “hostilidades”, os norte-americanos Rival Sons, que conseguiram animar e prender o público. A espera por Axl Rose, Slash e Duff McKagan foi atenuada pela banda de abertura, com um rock 'n' roll puro, numa eletrizante atuação ao vivo.
Longe vão os anos 80 e 90, os pósteres dos Guns colados nas paredes, a voz única e cristalina de Axl Rose. Ainda assim, o concerto contou com alguns momentos marcantes, como foram a magnética atuação de “Knockin’ On Heaven' s Door” e a envolvente “November Rain”, num tempo de intensa partilha dos artistas com o público. O inquestionável talento de Slash aliado ao ritmo ímpar de Duff continuam a fazer magia em palco e marcaram, porventura, alguns dos momentos mais épicos.
Axl Rose permanece incansável, num vaivém pelo gigante palco, a “espicaçar” e animar a plateia que, mantendo-se fiel à banda que idolatram, faz-se ouvir, entre gritos, palmas e coros. Os solos de Slash são verdadeiros oásis, que elevam os ânimos e transportam os “roqueiros” para lugares onde o excelente se combina com “anos de estrada”, em atuações apoteóticas.
Parafraseando o nome da digressão dos Guns ‘N Roses de 2025 «Because What You Want & What You Get Are Two Completely Different Thing» (Porque o que queres e o que obténs são duas coisas completamente diferentes), o concerto pairou entre o desejo e a entrega, entre as expectativas e a realidade.

Podem sumir-se, “como areia entre os dedos”, os anos áureos do grupo, pode faltar, aqui e ali, o poder vocal de Axl Rose, mas continua a haver um claro fascínio pelo trabalho da banda, que mantém muitos dos seus elevados padrões que a catapultaram no passado.
O presente, pode, nem sempre, ser tão atrativo como as inesquecíveis atuações em tempos idos, mas os californianos continuam a saber conjugar espetáculo em todos os tempos e há muito talento a pairar no ar. Entre o que queremos que fosse e o que, de facto, obtemos, pode haver um fosso, repleto de história, de passado e de grandeza. Ainda assim, os Guns serão sempre os Guns, num repertório intemporal, que (continua) a valer a pena ser sentido… e vivido.

No alinhamento, com 28 temas, coube a “Welcome to The Jungle” marcar a estreia da banda no palco coimbrense, com laivos de pura euforia e encantamento, em temas como “Knockin' on Heaven's Door”, “Sweet Child o' Mine” ou “November Rain”, para terminar ao som de “Paradise City”.
Alinhamento:
Welcome to the Jungle
Chinese Democracy
Bad Obsession
Out ta Get Me
Mr. Brownstone
Slither
Live and Let Die
Estranged
Absurd
Double Talkin' Jive
Knockin' on Heaven's Door
Hard Skool
You Could Be Mine
Rocket Queen
Better
Coma
New Rose
It's So Easy
Civil War
November Rain
Wichita Lineman
Patience
Don't Cry
Used to Love Her
Down on the Farm
Nightrain
Paradise City
Comentários