A Netflix vai ter de partilhar a liderança do mercado de streaming nos EUA com o Disney+ já em 2022.

Dentro de dois anos, a Netflix deverá arrecadar 12,95 mil milhões de dólares de receitas de streaming dos seus planos de assinatura doméstica, enquanto o Disney+ atingirá os 12,36 mil milhões, o que inclui os serviços Hulu e ESPN+, prevê a empresa de estudos de mercado de streaming eMarketer.

Em setembro, a Netflix tinha 195 milhões de subscritores a nível global. Durante uma apresentação a 10 de dezembro, o Disney+ revelou que tinha chegado aos 86,8 milhões nos primeiros 13 meses, prevendo atingir os 230 milhões em 2024, o ano em que se espera que o serviço se torne lucrativo.

Novas séries "Star Wars" e Marvel, novas versões de "Pinóquio" e "Peter Pan". A avalanche de novidades do império Disney
Novas séries "Star Wars" e Marvel, novas versões de "Pinóquio" e "Peter Pan". A avalanche de novidades do império Disney
Ver artigo

O Disney+ deverá atingir o pico do prejuízo em 2021 por causa do investimento exorbitante nos conteúdos, nomeadamente as 10 séries do universo "Star Wars", 10 séries da Marvel, 15 filmes e 15 séries de imagem real e de animação da Disney e da Pixar anunciados na semana passada. Só no próximo ano, serão gastos entre 8 a 9 mil milhões de dólares.

"Programas de sucesso como ‘The Mandalorian’, a vasta biblioteca da Disney, os principais acordos de distribuição e uma grande campanha de marketing geraram um forte crescimento inicial de subscritores", explicou Eric Haggstrom, analista da eMarketer.

"Espera-se que continue a crescer a partir dessa base, à medida que aumenta os lançamentos de conteúdos e em alguns casos traz filmes diretamente para o serviço em vez de um lançamento nos cinemas", acrescentou.

"O mercado dos serviços de subscrição continua a expandir-se. A boa notícia para a dominante Netflix é que, embora novos serviços como o Disney + tenham sido lançamentos de sucesso, muitos subscritores têm vindo simplesmente a acumular serviços”, reforçou.

Para todo o mercado de streaming, a eMarketer prevê que as receitas subam quase 30% para 2021 e cheguem aos 38,15 mil milhões de dólares, e mais 19,4% em 2022, para 45,55 mil milhões.