A Netflix anunciou esta quarta-feira, dia 6 de outubro, a estreia da série "Glória". O novo projeto da plataforma de streaming, criado pela produtora SPi e coproduzido com a RTP, chega a 5 de novembro.

"Esta é a primeira grande produção do panorama audiovisual português para a Netflix, que conta com a vasta experiência do Grupo SP e do autor e criador da série Pedro Lopes, bem como a realização do premiado cineasta Tiago Guedes", frisa a Netflix em comunicado.

O elenco da série conta com Miguel Nunes, bem como Victoria Guerra, Carolina Amaral, Afonso Pimentel, Adriano Luz, Joana Ribeiro, Albano Jerónimo, Marcelo Urgeghe, Sandra Faleiro, Carloto Cotta, Maria João Pinho, Inês Castel-Branco, Rafael Morais e Leonor Silveira, Matt Rippy, Stephanie Vogt, Jimmy Taenaka, Ana Neborac e Augusto Madeira.

Segundo o serviço de streaming, "Glória" é uma série histórica de "suspense de espionagem, gravada na região do Ribatejo e em Lisboa, que decorre nos anos 60, no auge da Guerra Fria, na pequena aldeia da Glória do Ribatejo, onde se situa a RARET, centro de transmissões americano que emite propaganda Ocidental para o Bloco de Leste". "João Vidal, um engenheiro de famílias ligadas ao Estado Novo, mas recrutado pelo KGB, vai assumir várias missões de espionagem de alto risco que podem mudar o curso da história portuguesa e mundial", resume o serviço de streaming.

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De acordo com o autor, Pedro Lopes, "'Glória' é um thriller histórico baseado em factos reais". "Em Portugal, a ditadura perpetuava-se graças ao medo e à repressão da polícia política e a uma guerra em três frentes nas colónias que deixaria marcada uma geração. Um facto desconhecido de muitos portugueses é que durante quase 50 anos existiu uma cidade americana, construída pela CIA, numa zona remota do país, e que tinha como objectivo transmitir, via onda curta, propaganda ocidental para os países do Bloco de Leste", conta.

"A escrita foi um desafio de pesquisa para todos os argumentistas e filmar durante a pandemia só foi possível graças a uma equipa muito especial. Nenhuma outra série portuguesa teve tão grandes valores de produção, e tenho a certeza que fizemos um projecto diferente, original, com uma narrativa ágil e surpreendente, uma fotografia verdadeiramente cinematográfica, e uma realização com grande sensibilidade. Quanto ao elenco, tenho a certeza que vai dar que falar internacionalmente", confessa.

Já para Tiago Guedes, realizador da série, "'Glória' foi a maior produção em que participei e representa, para mim, um momento muito especial": "Primeiro, porque me apresentou um mundo e uma realidade que desconhecia até ao momento, como é o caso da existência da RARET na Glória do Ribatejo e a importância do seu papel durante a Guerra Fria. Depois, por ser a primeira vez que Portugal criou e produziu um conteúdo Netflix, um marco importante para o mercado português que conquista assim um lugar nessa muito importante montra mundial".

"E, por último, porque me mostrou a resiliência, a vontade e o profissionalismo de toda uma equipa e elenco, que nunca baixaram os braços durante a pandemia global que estava a abalar o mundo inteiro, ainda sem vacinas. Superar os desafios diários vividos nos vários departamentos, para atingir os altos valores de produção exigidos pela Netflix, apenas foi possível com uma enorme disciplina e espírito de sacrifício de uma equipa incrível e incansável. Estou muito grato a todos os envolvidos", remata Tiago Guedes.