Quando a série de espionagem "Slow Horses" chegar ao fim na plataforma Apple TV+, também Gary Oldman poderá avançar para a reforma artística.
Baseada nos livros de Mick Herron, os seis episódios da primeira temporada foram lançados em abril, com críticas bastante positivas, principalmente para a interpretação do ator como Jackson Lamb, o irreverente e sarcástico líder de uma secção administrativa para onde serviços secretos britânicos desterram os agentes que, pelos várias razões, são considerados inaptos para o serviço.
Vencedor de um Óscar com "A Hora Mais Negra" (2017) e nomeado mais duas vezes, por "A Toupeira" (2011) e "Mank" (2020), Oldman indicou que a sua estreia como protagonista de uma série será provavelmente o cair do pano na prestigiada carreira como ator, que começou no teatro em 1979.
"Tive uma carreira invejável, mas as carreiras decaem e tenho outras coisas que me interessam fora da representação. Quando se é jovem, pensa-se que se vai conseguir fazer todas as coisas - ler aquele livro -, depois os anos passam", disse ao jornal britânico The Sunday Times a poucos dias da estreia da segunda temporada da série, a 2 de dezembro.
"Para o ano vou fazer 65, os 70 estão ao virar da esquina. Não quero estar a trabalhar quando tiver 80. Ficarei muito contente, honrado e privilegiado por sair como Jackson Lamb e depois 'pendurar as botas'", acrescentou.
Não é a primeira vez que surge este tema: no início do ano, já tinha revelado noutra entrevista que se via a representar Jackson Lamb durante "muitos anos", mas que a reforma estava "no horizonte".
O que não acontecerá tão depressa: em junho, a Apple TV+ renovou a série para a terceira e quarta temporadas.
Embora não estejam agendados outros projetos, os fãs também irão vê-lo no grande ecrã no verão de 2023, no papel do presidente norte-americano Harry Truman em "Oppenheimer", onde o cineasta Christopher Nolan aborda a história da criação da bomba atómica.
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