A programação reflete a proximidade do TAGV à cidade e também à Universidade de Coimbra, resultando ainda de “um trabalho de continuidade” em relação à direção anterior, afirmou o diretor do TAGV, Sílvio Santos, durante a apresentação da programação, em fevereiro.

A 8 de março, o TAGV acolhe um concerto de apresentação do mais recente disco de The Legendary Tigerman, projeto de Paulo Furtado, músico que “é da casa, de Coimbra”, salientou Sílvio Santos.

Na área do teatro, o TAGV recupera, a 3 e 4 de maio, o espetáculo “Um Museu Vivo de Memórias Pequenas e Esquecidas”, do Teatro do Vestido, que se estreou em 2014, 40 anos depois do 25 de Abril.

Já a 14 de junho, o palco daquele teatro de Coimbra recebe a estreia de “Re: Antígona”, espetáculo do Teatro Praga, que explora aquele clássico dramático de Sófocles.

“Heróis do Impossível”, da companhia João Garcia Miguel (10 de maio), “Luta Armada”, do Hotel Europa (18 de maio), e “Corpo Título”, da Amarelo Silvestre (6 de junho), são outras das propostas nesta área, num semestre em que o TAGV acolhe ainda uma nova edição do festival END – Encontros de Novas Dramaturgias, entre 21 e 23 de março, e a Mostra de Teatro Universitário, entre 20 e 23 de maio.

Na área da dança, será apresentado em Coimbra “Bantu”, espetáculo dirigido por Victor Hugo Pontes que cria pontes entre Portugal e Moçambique, assim como “Atsumori”, criação de Catarina Miranda integrada no Abril Dança em Coimbra.

Durante a primavera, haverá também espaço de programação para secções e grupos da academia de Coimbra, espetáculos de ‘stand up comedy’ e outras propostas.

A exibição regular de cinema no TAGV, que normalmente decorria à segunda-feira, passa para a terça-feira e meia hora mais tarde nas duas sessões, que passam a começar às 18h30 e 21h30, para “dar tempo” a quem sai do trabalho de assistir aos filmes, referiu Sílvio Santos.

“É uma programação que é coerente, pensada para funcionar como um todo, mas que se cruza com momentos da academia, da cidade e dos agentes culturais”, realçou o vice-reitor da Universidade de Coimbra Delfim Leão, também presente na conferência de imprensa.

Segundo o assessor para a programação e mediação do TAGV, Alexandre Lemos, continuar-se-á a promover e a desenvolver a relação do teatro com a Universidade de Coimbra, estando previsto para o verão a apresentação de trabalhos de alguns estudantes de doutoramento que realizam investigação na área das artes.

Na apresentação da programação, a nova direção deu conta de algumas alterações previstas no TAGV, como a mudança do local da bilheteira, que passa a funcionar com “um horário mais dinâmico e alargado”, o investimento feito na projeção de filmes, com fundos do Plano de Recuperação e Resiliência, a transformação de uma sala de passagem num espaço para o teatro receber os mais novos e ainda a previsão de criação de um podcast.