“O dia mais procurado é o de Maroon 5, Ivete [Sangalo] e os D.A.M.A. [dia 28 de maio], é um dia que tem pouquíssimos bilhetes à venda, é absolutamente residual. Dia 20 [de maio] também tem bilhetes residuais em lojas”, afirmou Roberta Medina, à margem de uma conferência de imprensa realizada no recinto, e que incluiu uma visita ao espaço, no Parque da Bela Vista, que irá acolher, nos dias 19, 20, 27, 28 e 29 de maio, mais uma edição do Rock in Rio.

Além do alinhamento “incrível” dos vários palcos, desta edição Roberta Medina destaca “as ‘pool parties’ [festas na piscina], a Rock Street - que traz a cultura do Brasil através da música, atrações como baiana, capoeira, bumba meu boi -, a Street Dance - que tem um palco ainda maior, numa outra localização - e vamos ter uma queima de fogos especial, em homenagem aos 30 anos [de Rock in Rio]”.

Mas como o Rock in Rio Lisboa é muito mais do que música (“não estamos aqui para pôr artistas nos palcos”, disse), Roberta Medina dá ênfase a “algumas apostas importantes em termos de evolução da cidade do rock”, como o controlo de ocupação das casas de banho.

“Outra grande novidade é que a gastronomia na cidade do rock passa a ser parte do entretenimento, temos 'chefs' famosos aqui dentro. Vai valer a pena que as pessoas andem pelos mais de 15 espaços de alimentação para experimentar tudo o que está a ser preparado”, referiu.

Apesar de o Rock in Rio ser “um evento ‘mainstream’ [para as massas]”, Roberta Medina salienta o alinhamento do Palco Vodafone, “brilhante em termos de música alternativa”, pelo qual passarão bandas como Metz, Real Estate, Capitão Fausto ou Glockenwise.

A menos de uma semana de abertura de portas, e apesar do mau tempo dos últimos dias que causou estragos num dos palcos, os 200 mil metros quadrados do Rock in Rio estão quase prontos, os bares estão montados a tenda eletrónica (transparente e com uma piscina) também, e as várias estruturas de apoio estão quase prontas para receber milhares de visitantes e mais de 100 atuações musicais.

O principal palco, de 2.100 metros quadrados, está concluído e, na chamada Rock Street, as 20 lojas parecem estar prontas a abrir as portas. A tenda da área VIP, este ano maior e com mais luz, está também praticamente pronta, para acolher 2.000 pessoas, na sua capacidade máxima.

Como em anos anteriores, o parque da Bela Vista vai ter também uma Roda Gigante, um Slide, perto do palco principal, e 15 espaços de restauração.

A iniciativa mobiliza ainda cerca de mil profissionais, entre polícia, segurança privada, proteção civil e bombeiros, que farão a segurança do recinto, onde estarão também duas estruturas médicas fixas e dez equipas médicas móveis.

Ao todo, são quase dez mil pessoas que fazem possível o Rock in Rio de Lisboa, muitas delas hoje no local, a afinar, a carregar e descarregar, a montar, e furar e a pregar.

A seis dias do início do evento, criado no Brasil em 1985, junto ao Palco do Mundo testa-se o Slide. Há escadas, martelos e berbequins. Mas os caixotes do lixo já estão alinhados, erguem-se as últimas tendas, montam-se os últimos palcos, ouvem-se as primeiras músicas, ensaiam-se as primeiras danças.