De acordo com a Fundação Calouste Gulbenkian, num comunicado hoje divulgado, o programa “Crepúsculos”, de entrada livre, “apresenta-se em várias sessões ‘queer’, inclusivas, acessíveis e abertas à participação de diversas audiências interessadas em arte, cinema, música, literatura e ecologia”.

“Vampires in Space”, com curadoria de Luís Silva e João Mourão, foi o projeto escolhido para representar Portugal na 59.ª Bienal de Arte de Veneza, que decorreu em abril naquela cidade italiana.

“Crepúsculos”, que irá decorrer em vários espaços da Fundação Calouste Gulbenkian, começa às 15h00, com uma conversa entre o diretor do Centro de Arte Moderna da fundação, Benjamin Weil, a curadora dos programas públicos do Pavilhão de Portugal na Bienal de Veneza, Filipa Ramos, e os curadores Luís Silva e João Mourão, sob o tema “O projeto, imaginários e referências de ‘Vampires in Space’”.

Para as 16h00, está marcada a exibição de dois filmes – “Nosferata”, de Adam Khalil & Bayley Sweitzer com Oba, e “A Mordida”, de Pedro Neves Marques - “que ecoam formas de contágio e transmissão entre passado e presente e história e identidade”, seguindo-se uma ‘vídeo-conversa’ entre Pedro Neves Marques, Adam Khalil e Bayley Sweitzer, moderada por Filipa Ramos.

Às 18h15, no jardim da fundação, haverá uma leitura coletiva de poesia, com Gisela Casimiro, Ellen Lima, André Romão e André Tecedeiro, seguida de uma ‘listening session’ (sessão de escuta) com HAUT (Fábio de Jesus), que criou a música para “Vampires in Space”, “ecoando e revisitando as sonoridades” do projeto.

Na sessão final, marcada para as 21h00, “o público é desafiado a acompanhar o biólogo Jorge Palmeirim num passeio-conversa em busca de sinais e presenças de morcegos nos jardins da Fundação, estabelecendo uma ponte entre arte, ciência e biologia”.

O programa “Crepúsculos” tem como parceiros a Fundação Calouste Gulbenkian, o Centro Internacional das Artes José de Guimarães, o Cinema Batalha e o Arquipélago – Centro de Artes Contemporâneas.

Em março, em Lisboa, aquando da conferência de imprensa de apresentação do Pavilhão de Portugal na 59.ª Bienal de Arte de Veneza, Pedro Neves Marques descreveu o projeto “Vampires in Space” como “uma grande instalação, à escala do Palazzo Franchetti”, edifício nas margens do Grande Canal de Veneza que acolheu o Pavilhão de Portugal.

“Vampires in Space” inclui um filme, “com cerca de uma hora de duração, sem princípio e fim”, é uma “viagem no espaço entre dois planetas gémeos, a Terra e um hexoplaneta semelhante”. “O que me interessa é a viagem, o que acontece entre [um planeta e o outro]”, disse na altura.

O projeto inclui também “cinco longos poemas”, da autoria de Pedro Neves Marques, e elementos escultóricos.

“Há uma dinâmica de tudo isto, e também com o próprio palácio”, referiu.

Na mesma ocasião, a então ministra da Cultura, Graça Fonseca, revelou que, “após o encerramento da Bienal de Arte de Veneza, ‘Vampires in Space’ será apresentado em Portugal, na Alemanha e no Brasil, espraiando-se por novas geografias e públicos”.

Momentos antes, o curador João Mourão tinha referido que “a ideia é que o projeto tenha itinerância”, estando já garantida a apresentação no Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, atualmente encerrado para obras, e estando a decorrer “negociações com o Pivô em São Paulo”.

A exposição no Centro de Arte Moderna “será para final de 2023, início de 2024”.

Luís Silva explicou que “o que chegar a Lisboa será muito diferente” do que vai ser apresentado em Veneza, visto que o projeto “terá sempre que ser adaptado ao espaço” que o recebe.

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