Entre os destaques da Quetzal para este mês conta-se o novo romance de João Reis, “Cadernos da água”, um romance composto a múltiplas vozes, entre as quais se sobrepõe uma feminina, através do fio condutor de um caderno onde regista o seu dia a dia de refugiada na companhia da filha.

Outa novidade em língua portuguesa é “A rainha e a bastarda”, de Patrícia Müller, uma história em torno do mistério envolve a morte da bastarda mais nova do rei D. Dinis, violada e assassinada no Convento de Odivelas.

No que respeita a novidades literárias internacionais, a Quetzal vai publicar “Um casamento americano”, de Tayari Jones, vencedor do Women’s Prize for Fiction 2019, uma “narrativa fortíssima, com um extraordinário trabalho no delinear das três personagens principais, face a questões morais, raciais e legais”, nas palavras da editora.

“O colibri”, de Sandro Veronesi, livro que valeu ao autor o Prémio Strega 2020 (o principal galardão literário italiano) pela segunda vez (depois de “Caos calmo”, em 2006) vai ser também editado em março pela Quetzal, assim como “Conversas em Princeton”, de Mario Vargas Llosa e Ruben Galo.

A E-Primatur publica este mês “História de um homem comum”, considerado “o grande romance de Orwell sobre a redescoberta das complexidades que estão na base de um homem comum”, um livro inédito em Portugal.

Quando foi escrito, em 1938, o autor estava em Marraquexe, a recuperar de uma lesão sofrida na Guerra Civil de Espanha, e o mundo vivia ensombrado com a possibilidade de uma guerra que para alguns era inevitável, enquanto outros acreditavam ainda na possibilidade de evitar o conflito com Hitler.

A mesma editora vai publicar também um livro de contos do autor de Pinóquio, Carlo Collodi, escritos entre 1883 e 1887.

Na Dom Quixote vai sair um novo livro de Mário Cláudio, “Trilogia das Constelações - Ursamaior, Oríon, Gémeos”, que reúne três romances em que o autor percorre de formas distintas as constelações da vida humana e descreve como diferentes personagens reagem às pressões do cosmos.

A mesma editora lança também “50 Anos de Poesia - Antologia Pessoal”, de Nuno Júdice, enquanto na literatura internacional, destaca a publicação de “Onde as peras caem”, de Nana Ekvtimishvili, livro finalista do Prémio Booker Internacional 2021, e “Um detalhe menor”, da escritora palestiniana Adania Shibli, em tradução direta do árabe por Hugo Maia.

A Guerra e Paz vai apostar naquela que descreve como a antologia mais completa e abrangente já publicada de poesia angolana, incluindo os períodos e os autores mais marcantes da sua história”.

“Entre a Lua, o Caos e o Silêncio: a Flor” é uma edição histórica, que oferece “um retrato sistemático, plural e riquíssimo do admirável património literário angolano aos leitores de língua portuguesa em todo o mundo”.

Com organização de Irene Guerra Marques e Carlos Ferreira, esta obra divide-se em três partes: a primeira, dedicada à literatura oral; a segunda, ao século XVII e a última aos poetas dos séculos XX e XXI.

Na mesma editora será publicada a “História do Português desde o Big Bang”, de Marco Neves, um livro que conta a história da língua desde o princípio do Universo, há 13.800 milhões de anos, com base no conhecimento científico atual, apresentando dados muito recentes sobre a distância real entre as variantes da língua.

A Relógio d’Água vai editar “Obras Escolhidas”, de Ana Teresa Pereira, “Cartas de Amor”, trocadas entre Virginia Woolf e Vita Sackville-West, o romance “Casa”, de Marilynne Robinson, e os livros de poemas “Meadowlands”, de Louise Gluck, “Políticas de Poder”, de Margaret Atwood, e “Herbarium”, de Emily Dickinson, estes dois com tradução de Ana Luísa Amaral.

A Almedina também aposta este mês na poesia, publicando, na chancela Edições 70, “Poemas de Goethe” e “Poemas de Nietzsche”, ambos com seleção, tradução, notas e comentários de Paulo Quintela, e “Os Responsórios da Procissão”, de Saint-Pol-Roux, esquecido durante décadas e hoje reconhecido como um dos maiores poetas da língua francesa, com seleção, tradução e notas de Jorge Melícias.

A Antígona edita “Betão – Arma de Construção Maciça do Capitalismo”, de Anselm Jappe, um ensaio que congrega a crítica do capitalismo, da arquitetura citadina e do betão armado, partindo do episódio da queda da Ponte Morandi, em Génova, em 2018.

Um dos destaques da Penguin Random House Portugal vai para o romance “Poeta Chileno”, de Alejandro Zambra, vencedor do Prémio Mejores Obras Literarias 2021, uma “declaração de amor à literatura, à poesia e aos poetas que desprezam o romance”, que chega agora a Portugal pela Elsinore.

No mesmo grupo editorial, a chancela Objetiva publica “Sontag: vida e obra”, pelo biógrafo e escritor Benjamin Moser, a “aclamada biografia de uma das mais estimulantes intelectuais do século XX”, distinguida com o Prémio Pulitzer.

A Alfaguara publica “O perfume das flores à noite”, de Leïla Slimani, um texto sobre a escrita, a identidade e a memória, pela autora de “Canção doce” e “O país dos outros”, vencedora do Prémio Goncourt.

“A ciência do ódio”, do professor universitário e um dos maiores criminologistas do mundo Matthew Williams, é um livro sobre como o preconceito se transforma em ódio, a partir da análise de mais de 300 estudos efetuados em 28 países, incluindo Portugal, a ser publicado pela Contraponto, com tradução de Bruno Vieira Amaral.

A Porto Editora publica “Poesia”, de António Maria Lisboa – na chancela Assírio & Alvim -, numa edição revista, e lança “Encontro”, de Natasha Brown, o terceiro título da coleção Contemporânea de Livros do Brasil, que figurou na ‘shortlist’ de vários prémios britânicos.

Outra novidade desta editora é a publicação de “O Sr. Wilder e Eu”, de Jonathan Coe, livro sucessor de “O Coração de Inglaterra”, que venceu o Prémio Costa para melhor romance e o Prémio do Livro Europeu.

Na Tinta-da-China saem este mês “Pensamento Branco”, do ativista antirracismo Lilian Thuram, “O Africano da Gronelândia”, de Tété-Michel Kpomassie, uma viagem única do Togo à Gronelândia relatada pelo primeiro escritor-viajante africano, “Divisão da Alegria”, de Raquel Nobre Guerra, o novo título da Coleção de Poesia dirigida por Pedro Mexia, e “Figuras do Mito”, da helenista Maria Mafalda Viana, que conta a história dos deuses e heróis da antiguidade através dos tempos e aquilo que os mantém vivos na arte e quotidiano contemporâneos.

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