Num comunicado hoje divulgado, os organizadores do galardão destacaram que, pela primeira vez, o júri classificou mais de 60 títulos na lista de semifinalistas, devido a empates nas notas conferidas aos diferentes livros.

Entre as obras e autores portugueses que integram a lista de semifinalistas estão “Afastar-se (treze contos sobre água)”, de Luísa Costa Gomes, “As doenças do Brasil”, de Valter Hugo Mãe, “Atirar para o torto”, de Margarida Vale de Gato, “Autobiografia não autorizada”, de Dulce Maria Cardoso, “Deste silêncio em mim”, de Rui Conceição Silva, “Deus Pátria Família” de Hugo Gonçalves, e “Introdução à pintura rupestre” de José Tolentino Mendonça.

Também figuram na lista dos selecionados a obra “Líbano, Labirinto”, de Alexandra Lucas Coelho, “Mundo”, de Ana Luísa Amaral, “Purgatório”, de Pedro Eiras, “Quarentena – uma história de amor”, de José Gardeazabal, e “Tristia”, de António Cabrita.

A obra “Mundo”, da escritora portuguesa Ana Luísa Amaral, concorre de maneira póstuma, uma vez que o regulamento do prémio admite a distinção de escritores que venham a morrer após a inscrição do livro. Ana Luísa Amaral morreu em 05 de agosto deste ano.

Ao todo, foram classificados 65 títulos de autores de diferentes nacionalidades: 45 escritores brasileiros, 12 portugueses, cinco moçambicanos, uma luso-angolana, um angolano e um cabo-verdiano.

Concorrem nesta etapa obras publicadas por 40 diferentes editoras – 25 do Brasil, 11 de Portugal, três de Moçambique e uma de Cabo Verde. Foram classificados 27 romances, 18 livros de poemas, 14 de contos, cinco de crónicas e uma dramaturgia.

Os organizadores do Prémio Oceanos revelaram que, nesta edição, oito autores estão publicados em mais de um país de língua portuguesa, o que é o número mais representativo desse intercâmbio literário de entre todas as edições do prémio.

Este ano, concorreram ao Oceanos 2.452 títulos de autores de 17 diferentes nacionalidades, com obras publicadas em sete países: Angola, Brasil, Cabo Verde, Estados Unidos, Guiné-Bissau, Moçambique e Portugal.

Dos géneros literários avaliados, a poesia – com 1.130 livros – correspondeu a 46,1% das inscrições. Os romances somaram 743 obras e representaram 30,3% do total; os livros de contos – 372 inscrições – perfizeram 15,2%, seguidos por 156 volumes de crónicas – 6,4% – e 51 obras de dramaturgia – 2,1%.

O processo de avaliação das obras selecionadas é realizado em três etapas consecutivas: na primeira, o júri de avaliação elegeu 60 obras semifinalistas e escolhe, por votação, os membros dos júris subsequentes.

Na segunda etapa, o júri intermédio seleciona dez finalistas e, por fim, na terceira etapa, o júri final escolhe os três vencedores.

O valor total do prémio é de 250 mil reais (cerca de 48 mil euros na cotação atual), sendo 120 mil reais (23,1 mil euros) destinado ao primeiro colocado, 80 mil para o segundo (15 mil euros) e 50 mil para o terceiro (9,6 mil euros).

O Oceanos é realizado via Lei de Incentivo à Cultura, pela Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo, e conta com o patrocínio do Banco Itaú e da Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas da República Portuguesa; o apoio do Itaú Cultural, do Ministério da Cultura e das Indústrias Criativas de Cabo Verde e do Fundo Bibliográfico da Língua Portuguesa, assim como o apoio institucional da CPLP.