Esta sexta-feira, 1 de junho, na apresentação do palco que acolherá atuações de fado, no Passeio Marítimo de Algés, o promotor Álvaro Covões afirmou que já há poucos bilhetes para o primeiro dia (7 de julho), sendo que os dois seguintes já estão esgotados há várias semanas.

Com uma grande aposta na internacionalização do evento, esta décima edição contará com mais de 31 mil espectadores estrangeiros. A lotação diária do recinto fixa-se nos 50 mil espectadores. "É bom para Portugal, porque aparece no mapa como uma referência que atrai pessoas", disse à agência Lusa.

O palco dedicado ao fado ficará na zona que habitualmente acolhe os pontos de comércio, tendo sido requalificada para se tornar numa rua portuguesa, com 150 metros de comprimento, com arquitetura pombalina.

O pequeno espaço recriará uma casa de fados, com uma parede repleta de retratos de intérpretes de várias gerações, de Amália e Celeste Rodrigues ao jovem guitarrista Ricardo Parreira.

O cartaz desse palco contará com os fadistas Marco Rodrigues e Raquel Tavares, o músico Tiago Bettencourt, Hélder Moutinho, Ricardo Parreira, Teresinha Landeiro ou os Dead Combo. A partir da meia-noite, o espaço ficará ocupado com uma pista de slow.

A organização introduz assim o fado num cartaz com mais de uma centena de artistas, num universo musical que ronda o rock, o pop, a electrónica e o hip hop.

A fadista Raquel Tavares, que esteve hoje na apresentação do palco, disse à agência Lusa que o fado até podia estar presente em todos os festivais de música.

"Vamos ter oportunidade de tocar para um público que provavelmente nunca nos ouviu e que vai querer descobrir. É uma porta fantástica para quem desconhece que o fado está em voo e pode fazer parte de festivais", disse.

O festival Alive decorrerá entre os dias 07 e 09 de julho. Do extenso cartaz fazem parte nomes como Radiohead, Arcade Fire, Tame Impala, Pixies, Chemical Brothers, Robert Plant, Calexico, Foals, Grimes, Four Tet e muitos artistas portugueses, como Carlão, Mundo Segundo & Sam The Kid, Branko, Agir e Throes + The Shine.

"Sempre dissemos que o nosso grande objetivo era que as pessoas viessem e quando saissem do Nos Alive saíssem com uma sensação de 'vimos muito, mas não vimos tudo'", disse Álvaro Covões.