Al Jarreau  morreu no domingo de manhã, aos 76 anos. Muitos consideravam-no o maior cantor vivo de jazz.

Na quarta-feira, fora hospitalizado devido a exaustão e os seus agentes tinham anunciado que não iria realizar nenhum dos concertos que tinha marcado para este ano.

“Al Jarreau morreu hoje às 5:30 da manhã (hora de Los Angeles). Estava hospitalizado, acompanhado de Ryan (filho), Susan (mulher), amigos e família”, explicou o agente do cantor, Joe Gordon, num comunicado hoje enviado aos meios de comunicação social, citado pela agência EFE.

A família irá mandar celebrar uma missa para as pessoas mais chegadas ao cantor e não será organizada nenhuma homenagem pública.

Al Jarreau, nascido em Milwaukee no estado do Winsconsin, editou o seu primeiro álbum em 1975, com 35 anos, tendo dois anos depois recebido o seu primeiro prémio Grammy com o disco “Look to the rainbow”.

Classificado como cantor de jazz, o estilo “eclético” de Al Jarreau “era inteiramente seu, polido com anos de aprendizagem em ‘boites’ solitárias”, descreve o jornal Washington Post. No entanto, com uma voz que nunca quis ficar encostada a um único género, foi o único artista a ganhar sete Grammys em três categorias distintas (jazz, pop e R&B).

Al Jarreau chegou a uma audiência maior com “Breakin’ Away”, de 1981, que vendeu mais de um milhão de cópias e incluía o tema “We’re in this love together”, o seu single mais popular. O álbum venceu prémios Grammy nas categorias vocais de pop e jazz.

O seu maior sucesso terá sido "Moonlighting", a canção-tema da popular série que em Portugal se chamou "Modelo e Detective", que o tornou conhecido do grande público.

Foi ainda um dos vocalistas de "We Are the World", a canção de 1985 que simbolizava o projeto para combater a fome em África que juntou muitos artistas.

Esteve em Portugal pela última vez em 2012, no âmbito do EDP Cool Jazz.