Como vocalista dos The Police ou a solo, Sting soma uma legião de fãs em todo o mundo. O cantor editou a 11 de novembro, "57th & 9th", disco que vai apresentar a 16 de julho de 2017 em Vila Nova de Gaia, no festival MEO Marés Vivas.
No seu último álbum, o artista britânico abraçou a crise dos refugiados e, para fazer isso, encontrou-se em Berlim com músicos que fugiram da Síria e pediu permissão para gravar uma das suas canções. "Senti que era importante ter a autorização deles", disse Sting à AFP a respeito da música "Inshallah", sobre uma pessoa que se encontra num barco desesperada para se salvar.
O cantor de 65 anos que, durante muito tempo, se comprometeu com causas políticas e apoiou a Amnistia Internacional, também faz neste álbum uma reflexão sobre a sua própria morte. "Como estratégia de vida eu acho que o otimismo foi o melhor caminho a tomar na maioria das coisas e continuo a fazer isso, mas é cada vez mais difícil ser otimista", acrescentou.
Um inglês em Nova Iorque
O álbum "57th and 9th" começa com o rock "I Can't Stop Thinking About You", uma canção de amor.
O regresso de Sting às origens do seu rock chega após décadas de experimentação, que incluem um álbum de luto, uma interpretação sinfónica de canções dos Police e o musical da Broadway "The Last Ship", sobre a construção do seu povo no norte da Inglaterra.
Depois de vender mais de 100 milhões de álbuns, Sting reconhece a sua sorte por não ter de se preocupar com pressões comerciais. Talvez por isso, esteja em busca de uma mudança.
"O aspecto mais importante na música, na minha opinião, é a surpresa", revelou.
O título do álbum vem de uma esquina de Manhattan pela qual Sting, que mora perto do Central Park com a mulher, a atriz Trudie Styler, passa todos os dias.
"Nova Iorque sempre foi uma inspiração para mim, a sua expressão arquitetónica, o clamor da cidade, o trânsito, o barulho", completou.
Sting diz que agora gosta da cidade como um desconhecido. "Sou um inglês em Nova Iorque", acrescenta, sorrindo, em referência a uma de suas músicas mais conhecidas. "Estou muito melhor como um desconhecido e desfruto disso", insistiu.
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