Quando Jean-Michel Jarre ajudou a criar a música eletrónica nos anos 1970, o seu som foi revolucionário. Agora que o género se estabilizou e faz parte da cultura pop, Jarre tenta rastrear esta evolução.
No álbum, o primeiro disco de Jarre em oito anos e que será lançado esta sexta-feira, 20 de outubro, o artista francês convidou colegas com um papel fundamental na a música eletrónica para o disco.
"Electronica 1: The Time Machine", que será seguido por um volume dois em 2016, contêm composições de Jarre com artistas plurais, como Massive Attack, Vince Clark, Erasure, Moby, Air, Little Boots, Fuck Buttons, Boys Noize ou Pete Townshend.
Jarre, ansioso para falar filosoficamente sobre a música e atualizado relativamente às últimas tendências, não aceita da ideia de que o álbum é apenas uma junção de celebridades, que é atualmente a fórmula da indústria para lançar "singles pegajosos".
Na maioria das colaborações, "alguém enviou um arquivo para outro alguém completamente desconhecido e tudo aconteceu de maneira abstrata, às vezes mais por razões de mercado do que por qualquer outro motivo", disse Jarre à AFP durante uma visita a Nova Iorque.
"Para este projeto tomamos por base a ideia de viajar fisicamente para nos conhecer, unir os nossos DNA's no estúdio, e não através de representantes ou advogados", explicou.
Jarre afirmou que escolheu para o álbuns artistas "que têm um elemento atemporal, um tipo de som orgânico que se reconhece instantaneamente".
O músico tornou-se uma sensação internacional com o álbum de 1976 "Oxygene", que tem seis faixas baseadas em sintetizadores melódicos e gravadas em casa.
Aos 67 anos, Jarre passou a maior parte das últimas quatro décadas a trabalhar sozinho em estúdio nos subúrbios de Paris, rodeado por computadores, teclados e outros instrumentos.
Para a faixa mais importante do álbum, Jarre viajou à Áustria para trabalhar com Tangerine Dream, o grupo alemão também pioneiro da música eletrónica nos anos 1970. O líder dos Tangerine Dream, Edgar Froese, morreu em janeiro, aos 70 anos, e o trabalho com Jarre é o último da sua carreira.
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