De acordo com a Câmara, a edição de Oeiras, que vai decorrer até 12 de agosto, na Fábrica da Pólvora de Barcarena, vai acolher, este ano, sete concertos, que se realizarão às sextas-feiras, às 22:00.
"Rythmes Des 7Lunes", que vai inaugurar o festival, é uma criação artística original feita pela companhia "Sete Sóis", surgida do trabalho conjunto de cinco músicos provenientes de Portugal, Cabo Verde, Andaluzia, Marrocos e sul de Itália, que partilham tradições culturais e musicais, resultando na criação de temas inéditos.
O festival nasceu em 1993, como uma ponte cultural entre Itália e Portugal, ampliando-se, ao longo dos anos, com o envolvimento de mais 11 países: Brasil, Cabo Verde, Croácia, Espanha, Eslovénia, França, Grécia, Israel, Marrocos, Roménia e Tunísia.
Em 1997, Oeiras associou-se a esta rede cultural, com representantes de diversas áreas - músicos, pintores, fotógrafos, escultores, 'chefs' -, que, "unindo fronteiras e rompendo barreiras linguísticas", se "tornam embaixadores da cultura dos seus países", como destaca a apresentação da iniciativa.
Através das melodias, dos sabores e das cores, o Festival Sete Sóis Sete Luas tem construído, ao longo de 24 anos, uma das maiores redes culturais da Europa. Ao todo são 30 cidades, de países do Mediterrâneo e do mundo lusófono, que todos os anos recebem música, exposições e degustações.
A 08 de julho, em Oeiras, atua o grupo italiano Sule, que pretende "reviver, nas mãos de alguns dos melhores músicos da Puglia, a música folclórica de Salento, ricas em sons, percussões e dança", segundo a apresentação do festival.
Na semana seguinte, dia 15, apresenta-se o ator, cantor, músico e compositor Mario Incudine, herdeiro da tradição dos "canta-histórias" da Sicília, que já participou em centenas de concertos de música popular em todo o mundo, e venceu diversos prémios, no festival da nova canção siciliana.
A 22 de julho, é a vez de Budiño, um "artista atípico e extraordinário" que reúne "tanta admiração entre profissionais do mesmo género musical", com música de raiz na tradição galega, misturada com sons contemporâneos.
Santoantão.7Sóis.Band, de Cabo Verde, aparece a 29 de julho, com um repertório que visita a tradição musical das montanhas da ilha de Santo Antão, inspirado no trabalho de camponeses e pescadores da região.
Os Tribali Music Malta atuam a 5 de agosto, ao som da tradicional sitar, e de didgeridoo, murchunga, violão, gaita e percussão, instrumentos que se combinam com guitarras elétricas, linhas de baixo e ritmos energéticos de tambores.
O festival em Oeiras termina a 12 de agosto com Korrontzi, um dos grupos revelação da música do País Basco, que "quer homenagear a cultura popular basca, dando-lhe uma lufada de ar fresco, com influências musicais de todo o mundo, com concertos repletos de vigor e de alegria".
A 24.ª edição do Festival Sete Sóis Sete Luas abriu em Pombal, na passada sexta-feira, com o guitarrista guineense Manecas Costa, e vai prosseguir até 9 de setembro, em municípios como Ponte de Sor, Alfândega da Fé, Oeiras, Odemira e Castro Verde.
Esta edição estende-se ao Brasil, Cabo Verde, Croácia, Eslovénia, Espanha, França, Grécia, Itália, Marrocos, Portugal e Roménia.
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