Antony Strong, Tokunbo, Filipe Melo e Kyle Eastwood protagonizam os quatro concertos de palco do Caldas Nice Jazz, festival internacional que também leva a música às ruas e escolas do concelho, de sexta-feira até 7 de novembro.
Organizado pelo Centro Cultural e de Congressos das Caldas da Rainha (CCC), o festival, “já inscrito no calendário anual dos eventos da cidade e da região”, tem por objetivo não só “fidelizar e ampliar públicos”, mas também “partilhar com a cidade as musicalidades do jazz”, disse à agência Lusa o diretor do festival, Carlos Mota.
Antony Strong, aclamado como a "nova estrela de jazz da Inglaterra", onde alcançou a primeira posição nas tabelas, subirá, na sexta-feira, ao palco do CCC, onde, no dia seguinte, o jazz se cantará no feminino.
Tokunbo, a cantora nigeriana do grupo de jazz Tok Tok Tok, é a senhora que se segue, para brindar o público com alguns dos arranjos do seu álbum de estreia a solo "Queendom”, lançado em fevereiro de 2014.
O jazz no CCC prossegue a 06 de novembro, com o pianista a arranjador Filipe Melo a apresentar a sua nova formação como líder, com quem gravará um disco, exatamente dez anos depois da sua estreia, com o disco "Debut", da CleanFeed.
O ciclo fecha no dia seguinte, com Kyle Eastwood, baixista de jazz norte-americano que, nos anos 1990 formou o Kyle Eastwood Quartet e que, além dos discos gravados, fez arranjos para alguns dos filmes de seu pai, o ator e realizador Clint Eastwood, tendo sido nomeado, juntamente com Michael Stevens, para o prémio de melhor Banda Sonora Original pelo filme “Cartas de Iwo Jima”.
Todos os concertos serão gravados ao vivo para futura edição na “Coleção Caldas Jazz”, iniciada em 2013, pelo CCC.
Fora do palco, o Festival faz-se com mais cinco bandas jazz (Duo Marta & Zé, Guilhermo Melo Trio, o Hugo Trindade Quinteto e os quartetos José Monteiro e Nabuchadnezzar), que tocam em vários locais da cidade, de cafés a bares e escolas.
O intuito de “proporcionar a fruição" levou ainda a organização a agendar, para sexta-feira, uma apresentação especial da Orquestra Juvenil da Sociedade Musical e Recreativa Óbidense, no terminal rodoviário.
A intenção é, segundo Carlos Mota, “todos os anos convidarmos as orquestras e bandas filarmónicas do concelho e região a apresentar um programa específico”, a que se juntam, aos sábados de manhã, pelas ruas da cidade, "dixies bands", em "arruadas".
O festival arrancou no dia 25, com um concerto inaugural pela Big Jazz, que foi resultado de um 'workshop', orientado pelo maestro Adelino Mota e que contou com mais de 20 jovens formandos.
A vertente da sensibilização e formação estende-se ainda a um projeto-piloto intitulado “O Jazz vai à escola”, que decorre durante dois dias em duas escolas do ensino básico do concelho, onde as crianças têm oportunidade de ouvir e de experimentar, interpretando, esta expressão musical.
O Caldas Nice Jazz tem um orçamento próximo dos 40 mil euros, 10 mil dos quais comparticipados pela autarquia e o restante suportado pelo CCC e por patrocinadores.
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