Nesta terceira edição do FIGG - evento promovido pela centenária Sociedade Musical de Guimarães, em parceria com a câmara local - os responsáveis pelo evento querem "sedimentar" a aposta na componente formativa e apontam a cidade de Guimarães, distrito de Braga, como a "capital da guitarra clássica em dezembro".
"A qualidade das infraestruturas culturais e o facto de ser notório que Guimarães é cada vez mais um dos epicentros da cultura a Norte, uma vez que se multiplicam os eventos, e consequentemente o ecletismo, contribuem para que este festival esteja a ganhar proporção", referiu à agência Lusa o diretor artístico do FIGG 2016, Nuno Cachada.
Este evento tem contabilizado, em média e repartidas pelas várias vertentes do festival, das oficinas de música ao concurso internacional, com cerca de 100 inscrições por edição, sendo que a vertente formativa encontra-se esgotada.
Nuno Cachada destaca a procura de jovens oriundos de Norte a Sul, bem como de países europeus. "Tem sido crescente quer o feedback positivo, quer o entusiasmo que o festival está a gerar junto de quem representa, vive, trabalha e respira a guitarra", acrescenta o também guitarrista e professor.
A organização destaca o facto dos participantes no Concurso Internacional de Guitarra - que este ano foi alargado e contempla mais categorias, permitindo a inscrição de guitarristas de mais idades - terem "a oportunidade de conviver com artistas de renome de várias nacionalidades, aproximando-se da guitarra clássica através das mãos de alguns dos principais instrumentistas da atualidade".
O concurso culmina no dia 28 de dezembro no Paço dos Duques de Bragança, um dos espaços que acolhe o festival, somando-se a Academia de Música Valentim Moreira de Sá, o Centro Cultural Vila Flor, a Plataforma das Artes e Criatividade, o Laboratório da Paisagem, a Associação Comercial e Industrial de Guimarães, bem como o Círculo de Arte e Recreio.
As conferências arrancam quinta-feira com oradores portugueses, espanhóis, uruguaios e brasileiros, enquanto os concertos terão como protagonistas músicos de várias latitudes como EUA, Espanha e Grécia.
Paralelamente à música e à formação soma-se um torneio de xadrez e a discussão de variados temas como o ambiente.
"O III Festival Internacional de Guitarra de Guimarães pretende dotar todos os participantes das ferramentas essenciais à sua formação, promovendo a competição saudável, fomentando o espírito de grupo através da partilha de experiências e conhecimentos resultantes de escolas e ensinos diferentes, sem esquecer a promoção dos currículos pessoais", lê-se na informação distribuída sobre o FIGG 2016.
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