De acordo com a organização, num comunicado hoje divulgado, na 16.ª edição o festival “volta a apresentar sessões de videoarte gratuitas programadas por artistas e curadores internacionais” em jardins e claustros de museus, como o Museu Nacional e Arte Contemporânea (MNAC), o Palácio Sinel de Cordes ou o Museu da Marioneta.
Este ano, o FUSO realiza-se sob o tema “Resistência, mais uma vez” e “mantém-se firme no seu compromisso em apresentar obras no campo da imagem em movimento que encorajam os espectadores a envolverem-se criticamente com o mundo que os cerca, reforçando a importância do vídeo como uma ferramenta para a reflexão e conscientização”.
Na 16.ª edição, a organização desafiou quatro artistas e curadores a desenharem a programação do festival: Bruno Zgraggen (Suíça), Laila Hida (Marrocos), Lori Zippay (EUA) e Marie Voignier (França).
“Nas suas propostas, interrogam o modo de escrever histórias na História, com filmes que falam de descolonização, territórios ocupados, narrativas inventadas e compartilhadas, povos originários e da resistência na criação de identidade e de pertença. Antes das sessões, estão programadas conversas com os curadores, moderadas por Vítor Belanciano, em torno das obras exibidas”, lê-se no comunicado.
O tema do festival, “Resistência, mais uma vez”, dá mote a uma conversa no dia 27 de agosto, no espaço Duplacena 77, moderada pela historiadora e crítica de arte Isabel Nogueira.
No mesmo dia, é inaugurada a “Mostra Fuso Insular”, com oito obras produzidas durante o programa de residência Laboratório Imagem em Movimento, nos Açores.
A 28 de agosto é apresentada, na Praça do Carvão do Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia (MAAT), a sessão “OPEN CAL”, composta por obras a concorrer ao Prémio Aquisição Fundação EDP/MAAT, escolha dos diretores artísticos do MAAT e do Fuso, e Prémio Incentivo Duplacena, resultante da escolha do público. Os vencedores são anunciados a 1 de setembro.
No dia 29 de agosto, o jardim do MNAC, acolhe a sessão “...and elsewhere”, uma seleção de quatro filmes da coleção do Centre National des Arts Plastiques, em Paris, de artistas mulheres do Médio Oriente, programada por Marie Voignier.
A 30 de agosto, o Palácio Sinel de Cordes acolhe o programa “A mera possibilidade de um futuro”, proposto por Laila Hida, “que fala da água e a sua representação política e poética”.
“Por meio de vários géneros e formatos, usando material de arquivo, found footage, imagens reconstruídas e narrativas, os filmes mostram formas de gerar novas mitologias e imagens em torno da água, nas suas diversas formas, um dos mais importantes elementos para a sobrevivência das espécies”, explica a organização.
A sessão de videoarte programada por Bruno Zgraggen, “From Rio de Janeiro into Amazonia and beyond", com três obras da dupla de artistas Dias & Riedweg (Brasil/Suíça), que estarão presentes, está marcada para 31 de agosto no jardim do Palácio Galveias.
A programação do último dia do FUSO, decidida por Lori Zippay, decorre no Museu da Marioneta, em 1 de setembro.
Nesse dia é apresentando o filme "Four More Years", de 1974, “um documento de protesto da ‘televisão de guerrilha’, filmado a preto e branco pelo TVTV, um coletivo pioneiro de ativistas dos meios de comunicação social norte-americano”.
No mesmo dia, decorre também a sessão “Expressões da distância”, na qual serão apresentados cinco trabalhos realizados por alunos do Departamento de Cinema/Imagem em Movimento do Centro de Arte e Comunicação - Ar.Co.
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