Depois de ter sido suspenso em 2020, devido à pandemia de COVID-19, o FITEI, que decorre de 1 a 16 de maio, em Viana do Castelo, Porto, Vila Nova de Gaia, Matosinhos e Viseu, apresenta-se com uma forte componente digital, com 14 espetáculos presenciais e 10 ‘online’, entre os quais sete estreias absolutas e sete nacionais, além de um quadro de palestras e oficinas.

Viana recebe várias das estreias internacionais presenciais, que depois circulam até ao Porto, Gaia ou Matosinhos, onde se concentram produções nacionais e segundas apresentações, a que se soma um programa FITEI Digital, com algumas propostas gratuitas e outras mediante compra de bilhete.

Em palco, ao vivo, a programação arranca no Teatro Municipal Sá de Miranda, em Viana, e logo pela manhã, às 11h00, com “Qué locura enamorarme yo de tí”, que junta um texto da escritora e jornalista peruana Gabriela Wiener, em palco, à encenação de Mariana de Althaus.

No espetáculo, que passa por Matosinhos, no dia 7 de maio, o público “vê nascer o messias do poliamor numa piscina insuflável”. Uma “inesperada ‘crise de casais’ – assim, no plural, já que a autora pertence a dois – estala em plena fase pós-parto com um bebé de meses coletivizado, na primavera do amor livre”, lê-se na sinopse.

No digital, começam hoje duas propostas relacionadas com o ambiente e o mundo vegetal.

A primeira é a estreia nacional do espetáculo chileno “Estado Vegetal”, um “monólogo polifónico, ramificado, exuberante, repetitivo, divisível e séssil” de Manuela Infante a partir do pensamento de Michael Marder ou Stefano Mancuso.

A outra é “Selva Coragem”, uma instalação e 'performance' do Teatro do Frio, de acesso gratuito até ao fim do festival, dia 16 de maio, numa criação interdisciplinar dirigida por Catarina Lacerda e Rodrigo Malvar.

Na manhã de domingo, estreia-se outra produção em Viana, “Santa Inés”, da galega Inés Salvado, que será apresentada também em Vila Nova de Gaia, no dia 9.

Já em "Amarillo”, apresentado no Teatro Carlos Alberto, de 4 a 6 de maio, a companhia mexicana Línea de Sombra reflete sobre as fronteiras - físicas e mentais - que separam o México dos EUA.

A sustentabilidade na esfera da intimidade, do corpo e dos afetos, é abordada pela brasileira Renata Carvalho em "Manifesto transpofágico", obra na qual a atriz, encenadora e dramaturga usa o seu corpo como cobaia na experimentação, de 14 a 16 de maio, no FITEI Digital, à semelhança do premiado "Stabat Mater", de Janaína Leite, de 6 a 8 deste mês.

O argentino Sergio Boris construiu “Artaud”, apresentado online, de 8 a 10, a partir de cartas de Antonin Artaud ao psiquiatra, enquanto o Teatro Experimental do Porto apresenta “O Dia Da Matança Na História de Hamlet”, de Bernard-Marie Koltès, de forma gratuita, no dia 8, também na Internet.

Na Internet, estreia-se “Reconciliação”, no dia 10, um espetáculo concebido por Patrícia Portela, que lança o livro “Hífen”, no festival, com Alexandre Dal Farra, encenando “um combate entre dois seres humanos que não tem fim”, para refletir sobre o encontro entre Portugal e Brasil, um negro e um branco, o passado, a Europa e a América, o progresso e o clima, um homem e uma mulher.

Nos dias 7 e 8, Joana Craveiro recoloca em cena, no Teatro Carlos Alberto, “Um Museu Vivo de Histórias Pequenas e Esquecidas”, um “espetáculo-reconstituição de mais de 80 anos da recente história política portuguesa”, um projeto do Teatro do Vestido.

Eduardo Breda e Joana de Verona estreiam “Mappa Mundi”, dias 12 e 13 de maio, na Mala Voadora, espaço que acolhe uma produção própria desta companhia, “inFausto”, na segunda e terça-feira, dias 3 e 4 de maio.

Na programação, nota ainda para a estreia de novos espetáculos das companhias Teatro do Ferro, em parceria com o Teatro de Marionetas do Porto, Hotel Europa e A Turma, de Tiago Correia, uma 'performance' de Marcela Lucatelli e “Luto”, de André Braga e Cláudia Figueiredo.

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