Esta segunda-feira, o Festival de Cannes condenou "vigorosamente" a detenção no Irão da atriz Taraneh Alidoosti, famosa opositora do regime, e pediu a sua libertação imediata.
Alidoosti foi detida "por apoiar o movimento a favor da liberdade no seu país. O Festival de Cannes condena vigorosamente esta detenção e pede a sua libertação imediata", partilhou a conta oficial nas redes sociais.
A atriz, de 38 anos, foi detida no sábado por expressar apoio às manifestações nas redes sociais, retirar o véu e por denunciar a execução de manifestantes.
Taraneh Alidoosti foi presa "por ordem da autoridade judicial" após "não apresentar documentação para algumas das suas afirmações" sobre os protestos, informou a Mizan Online, a agência de informação do poder judicial do país.
A atriz tem grande projeção internacional pelo seu trabalho com o aclamado realizador Asghar Farhadi. A produção "O Vendedor", na qual atuou, foi premiada com o Óscar de Melhor Filme Internacional em 2017. O seu filme mais recente, "Os Irmãos de Leila", foi exibido no Festival de Cannes em maio.
A última mensagem de Alidoosti nas redes sociais foi publicada a 8 de dezembro, o mesmo dia em que Mohsen Shekari, de 23 anos, se tornou a primeira pessoa executada pela sua ligação com os protestos.
Também circularam imagens da atriz fazendo compras em Teerão sem o véu. Alidoosti prometeu que não deixaria o Irão e disse que estava disposta a "pagar qualquer preço para defender" os seus direitos.
Já não é possível aceder à sua conta no Instagram, que tinha mais de oito milhões de seguidores.
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