Em comunicado, a fundação revelou que a escolha de José Viale Moutinho resultou de “deliberação unânime” do júri presidido por Nuno Júdice, de que fizeram também parte Fernando Pinto do Amaral e Pedro Mexia.

A obra "Cimentos da noite" foi publicada pelas Edições Afrontamento, em junho 2020.

Instituído em 1980 pela Fundação Casa de Mateus, em Vila Real, o galardão é atribuído a uma obra literária - de poesia, ensaio ou ficção - publicada no ano anterior ao da atribuição do prémio.

“’Os Cimentos da Noite'’ antologia quase meia década da intensa produção poética de Viale Moutinho, também jornalista e ficcionista. Uma poesia interrogativa, elegíaca e sarcástica, que se interessa, nos mais diversos registos, pelas memórias indeléveis, as ironias quotidianas e os males da pátria”, afirmou Pedro Mexia, citado no comunicado da Casa de Mateus.

Natural do Funchal, José Viale Moutinho nasceu em 1945, é jornalista, escritor e tem realizado investigações sobre a vida e a obra de alguns escritores portugueses do século XIX, recuperando epistolografia e textos inéditos ou esquecidos de Camilo Castelo Branco, Trindade Coelho, António Nobre e Joaquim de Araújo, entre outros.

O seu trabalho incide sobre a Guerra Civil de Espanha (1936-1939), guerrilheiros espanhóis antifranquistas atuando em Espanha e na resistência Francesa (‘maquis’), bem como sobre a deportação de antigos combatentes da II República Espanhola em Mauthausen e Dachau.

Participou no movimento português da Poesia Experimental e em exposições de Arte Postal e traduziu romances, ensaios e peças de teatro, estas para companhias profissionais que as representaram.

Em 2020, o prémio D. Diniz foi atribuído, também por decisão unânime do júri, a Jorge Silva Melo, encenador, ator, cineasta, dramaturgo, tradutor e crítico, pelo seu livro "A mesa está posta", publicado pela editora Cotovia.

Segundo a fundação, devido às contingências da pandemia, a habitual entrega do prémio na Casa de Mateus aos dois galardoados irá realizar-se ao longo deste ano.

A Fundação da Casa de Mateus foi instituída em 1970 e os seus estatutos definem como objetivos a conservação, o restauro e melhoramento da Casa de Mateus, em Vila Real, e, ainda, a promoção de eventos culturais, científicos e pedagógicos.

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