O Coro Gulbenkian abre, no sábado, 17 de outubro, com obras de Johann Sebastian Bach, a 27.ª Temporada Música em São Roque, que decorre em Lisboa até 08 de novembro, e que este ano inclui atividades paralelas destinadas ao público infanto-juvenil.
“Com o objetivo de proporcionar o acesso à cultura a públicos cada vez mais alargados, propõe-se este ano a realização de atividades lúdico-educativas destinadas ao público infanto-juvenil (dos quatro aos 14 anos), nomeadamente os ateliês ‘As Cores da Música!’ e ‘Uma Escultura Sonora!’”, explicou à Lusa fonte da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), que organiza a temporada.
Os ateliês, segundo a mesma fonte, visam “dar aos pais a possibilidade de se deslocarem aos concertos, trazendo os filhos consigo, trabalhando simultaneamente a construção de novos públicos, através da realização de atividades que orientem as crianças e jovens para temas relacionados com o universo musical, proporcionando uma vivência transgeracional integrada”.
O concerto de abertura, no sábado, às 21h00, na igreja de S. Roque, ao Bairro Alto, é protagonizado pelo Coro Gulbenkian, sob a direção de Michel Corboz, acompanhado a órgão por Fernando Miguel Jalôto, com a violoncelista Raquel Reis e o contrabaixista Marc Ramirez como solistas.
Do programa, totalmente composto por peças de Bach, fazem parte os motetes “Komm, Jesu komm” ("Vem, Jesus") e “Jesu, meine Freude” ("Jesus, minha alegria") e os prelúdios corais “Wer nur den lieben Gott lasst walten” ("Aquele que deixa reinar o bom Deus") e “Liebster Jesu, wir sind hier” ("Amado Jesus, estamos aqui"), entre outras peças.
A temporada prossegue no sábado, às 16h30, no convento de São Pedro de Alcântara, também ao Bairro Alto, com a atuação do Ensemble Bonne Corde, que apresenta “O classicismo na Patriarcal – Música sacra portuguesa nos finais do século XVIII”.
O programa reúne árias extraídas de obras de alguns dos compositores deste período, designadamente António da Silva Gomes e Oliveira, José do Espírito Santo Oliveira e António Joaquim Miranda, “cujos manuscritos se encontram nos arquivos da Sé de Lisboa, Biblioteca Nacional de Portugal e na Biblioteca da Ajuda, [em Lisboa]", assinala o ensemble em comunicado enviado à Lusa.
A segunda parte do programa é constituída por música instrumental, “à semelhança do que acontecia nos séculos XVIII e XIX em Portugal: a música sacra era muitas vezes intercalada com momentos de música instrumental, sendo até várias vezes referenciado o festivo caráter contrastante da mesma com a solenidade da ocasião”, segundo a mesma fonte.
Na segunda-feira, às 19h00, no Museu de S. Roque, a cantora lírica Ana Barros e a pianista Isabel Sá apresentam o recital “Palavras oníricas: o surrealismo português”, em que serão escutados poemas de António Ramos Rosa, Albano Martins e Mário Cesariny, musicados por Edward Luiz Ayres d’Abreu, António Pinho Vargas e Sérgio Azevedo, que falará sobre o programa.
O cartaz do Festival inclui, entre outros, o grupo Vozes Alfonsinas, o Ensemble MPMP, a Capella Duriensis, o pianista António Rosado e a Orquestra Metropolitana de Lisboa.
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