De acordo com fonte oficial da Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural (EGEAC), em resposta escrita a questões da Lusa, “foi transmitida à Sons em Trânsito a decisão de não renovação” do contrato relativo à gestão do Cineteatro Capitólio, assinado em 2017 por cinco anos e renovado no ano passado por mais um.

O contrato com a Sons em Trânsito vigora até outubro e, depois dessa data, “o Capitólio passa a ser gerido pela EGEAC”.

A resposta enviada à Lusa confirma a notícia avançada na quinta-feira pelo jornal online Observador sobre aquele espaço do Parque Mayer.

À Lusa, fonte oficial da empresa explicou que esta decisão se “enquadra na estratégia da EGEAC para a gestão integrada dos vários equipamentos e espaços culturais da empresa”.

Os planos da EGEAC para aquele espaço estão “ainda em fase de avaliação”, estando a ser “equacionadas várias possibilidades além da componente essencialmente musical e corporativa da atual linha programática”.

“A EGEAC poderá, certamente, acrescentar algo mais, mas ainda é cedo para avançar com ideias concretas”, refere.

Contactada pela Lusa, a Sons em Trânsito não quis prestar declarações, “para já”.

O Capitólio, com projeto do arquiteto Luís Cristino da Silva, foi inaugurado em julho de 1931 e é considerado uma das obras de referência da arquitetura modernista em Portugal. Em 1983 foi classificado como Imóvel de Interesse Público.

Depois de encerrado mais de 30 anos, sofreu obras de requalificação, concluídas no final de 2016.

Em 2017, a Sons em Trânsito venceu o concurso de concessão daquele espaço.

Além do Capitólio, a EGEAC tem ainda um outro espaço “locado” (termo que consta no ‘site’ oficial da empresa municipal) a uma produtora.

O Teatro Maria Matos despediu-se do público, enquanto espaço gerido pela Câmara de Lisboa, em 14 de julho de 2018.

A decisão de concessionar aquele espaço a privados foi anunciada em dezembro de 2017, pela então vereadora da Cultura da Câmara Municipal de Lisboa, Catarina Vaz Pinto, no âmbito do projeto de remodelação da rede de teatros municipais.

O concurso público, que a produtora Força de Produção venceu, foi lançado em 2018. A contestação dos resultados, por um dos concorrentes, e a pandemia acabaram por adiar a reabertura do Maria Matos para julho de 2020.

A EGEAC é responsável pela gestão, entre outros, do Cinema São Jorge, do Teatro Municipal São Luiz, do Teatro do Bairro Alto e do Lu.Ca – Teatro Luís de Camões.

Além dos dois espaços “locados”, a EGEAC é ainda proprietária dos teatros A Comuna, Cinearte e Taborda, que estão “cedidos”, respetivamente aos grupos A Comuna – Teatro e Pesquisa, A Barraca – Grupo de Ação Teatral e Teatro da Garagem.

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