Cinema, música, teatro e conversas com artistas para debater o estado atual da Cultura, são propostas da programação de março, sempre à sexta-feira, pelas 21h30.

Pedro Tochas, artista de rua e de palco, é o primeiro convidado, para falar sobre o estado das artes performativas e os desafios que tem enfrentado, numa conversa “sem malabarismos”.

No dia 12, a diretora de produção e de cena da Companhia Portuguesa de Bailado Contemporâneo (CPBC), Cláudia Sampaio, conta quais as preocupações dos bailarinos e dos técnicos quando os holofotes dos palcos se apagam.

A peça “AMARAMÁLIA in memoriam”, uma homenagem à voz que tornou o Fado universal, é desvendada por Cláudia Sampaio, antecedendo a exibição em Estarreja, agendada para outubro.

Dia 19 é a vez de Tatanka, fundador dos The Black Mamba, mostrar como é possível estar perto do público e reinventar-se, mesmo com as salas de espetáculo de todo o país encerradas.

O ator João Didelet, dia 26, fala dos desafios do confinamento e das inúmeras dificuldades do setor artístico, mas também sobre sobre a peça “Amado Monstro” que deverá subir ao palco do Cine Teatro de Estarreja em maio.

Na área da música, o CTE recebe dois concertos do “Outonalidades - circuito português de música ao vivo”, de Rita Braga e Paulo Viana, nos dias 6 e 20, respetivamente, sempre com início às 21h30.

As quintas-feiras do mês de março, são para ir ao cinema na sala digital.

Já esta quinta-feira, pelas 21h30, vai estar em exibição “50 Pesos Argentinos”, realizada por Bernardo Cabral, que conta a história de José Custódio e Idalina, que recebem 50 pesos numa carta do irmão que os leva a sonhar com o que não deviam.

Na mesma noite é “projetada “Falha no Sistema”, de José Miguel Moreira, que retrata uma sociedade controlada pelo sistema, uma variante nazi do “Big Brother”, que limita a privacidade das pessoas.

Dia 11, a tela é para a curta metragem de ficção “Sanguêdo en la Baralha”, de Paulo d’Alva, que retrata a história de najma e coron, um casal gitano que luta pelo seu amor e procura evitar cair nas garras de salazarus burocratus, o maléfico imperador imperial.

Dia 18, Com realização de Igor Martins, Rosário Costa e Sara Petiz, “Pão de Ul” é um documentário, que através da voz das poucas padeiras que ainda fazem o famoso “Pão de Ul” de forma artesanal, mostra a rudeza, as dificuldades e as aventuras que noutros tempos as “padeirinhas de Ul” enfrentavam ao produzir e distribuir o pão, a pé e a longas distâncias.

Nesse mesmo dia, pode-se ver a película “Ao Telefone com Deus”, de Vera Casaca e com os atores Ivo Canelas e Sara Matos, que retrata a vida de Bartolomeu, um humilde camponês, que decide trocar a sua égua, Pestana, pela mão de Adélia. Contudo, o mundo de Bartolomeu é virado do avesso quando Pestana desaparece e se cruza com um misterioso homem que alega poder falar com Deus... Ao telefone.

A última sessão de cinema “Super-Vodka”, de Leandro Silva, está agendada para o dia 25, e é uma curta metragem sobre três homens que decidem tentar ser de novo "homens".

No dia 13, às 21h30, a proposta é uma homenagem à poetisa Sophia de Mello Breyner Andresen. “Em Redor da Suspensão” é uma coreografia inserida no programa “Na Substância do Tempo” da Companhia Portuguesa de Bailado Contemporâneo. Esta obra de Vasco Wellemkamp e Miguel Ramalho, com músicas de Rachmaninov, ecoa a poesia da escritora com a dança.

No Dia Mundial do Teatro, dia 27, o CTE celebra a efeméride com o espetáculo de teatro a “Idade do Silêncio”, uma criação de Julieta Aurora Santos.

A peça reflete “a relação com a dimensão temporal, colocando em conflito o frenesim do homem contemporâneo e a imediatez de tudo, com o tempo do idoso e a sua necessidade de hábitos que, incorporados à vida, se tornam poesia do quotidiano, parecendo estabelecer uma relação continuada e duradoura com o mundo”.