Em declarações à agência Lusa, Cidália Moreira afirmou que irá apresentar "um alinhamento de fados tradicionais, algumas canções, como uma de romaria do Minho, e uma rumba cigana, o 'El porompompero', de Manolo Escobar".
A fadista, no palco sintrense, é acompanhada pelos músicos Armindo Fernandes e Pedro Ferreira, na guitarra portuguesa, Pedro Morato, na viola, e Miguel Gelpi, no contrabaixo.
“Os rios correm para o ar”, “Falta aqui uma ceifeira”, “Lisboa meu amor”, "Amar, amar, perdidamente" são alguns êxitos, de uma carreira iniciada, profissionalmente, em 1963, no restaurante típico A Viela, em Lisboa.
Natural de Olhão, no Algarve, e prima do guitarrista e compositor de fados Casimiro Ramos (1901-1973), Cidália Moreira começou a cantar cedo, em festas de amigos.
“A sua figura – esguia, morena, cabelos muito compridos negros -, não tardou a que a apelidassem ‘a Cigana do fado’”, disse à Lusa Pedro Almeida, da Associação Portuguesa Amigos do Fado, acrescentando que “impregna sempre uma interpretação sentida a cada fado que canta”.
Segundo o sítio do Museu do Fado, na Internet, “em todos os momentos de atuação, Cidália Moreira revela-se uma artista singular, com um estilo de interpretação único, pautado pela garra que sempre a caracterizou”.
A fadista atuou com assinalável êxito, durante quatro anos, no Brasil, tendo-se apresentado também em França, Espanha, Alemanha, África do Sul, Venezuela, Estados Unidos e Canadá.
“Nos palcos das principais cidades de todo o mundo, estabelece um forte elo comunicativo com as comunidades portuguesas aí residentes”, afirma o Museu do Fado.
Nos palcos do Parque Mayer, em Lisboa, é “atração nacional” em revistas como “Até parece mentira”, “Cá vamos cantando e rindo”, “Ora bolas p'ró pagode” e “Força, força camarada Zé”.
“Odisseia no Parque 2005″ foi a sua última revista, no Teatro Maria Vitória do Parque Mayer, em que interpretou “Mulher guitarra”.
A fadista recriou, com êxito, temas como “Balada para uma velhinha”, do repertório de Carlos do Carmo, e “O meu primeiro amor”, uma criação de Maria Pereira.
“Nunca se afastando dos grandes palcos e numa constante procura de renovação artística, em 11 de novembro de 2006, Cidália Moreira juntou-se ao elenco do espetáculo de fado e flamengo ‘Tablao do Fado’, da Companhia de Dança Amalgama. Nesta iniciativa única, exalta-se toda a emoção das duas artes que se fundem num cenário intimista”, afirma o Museu.
Em 2008, no âmbito do Ano Europeu do Diálogo Intercultural, e no decorrer de uma iniciativa da Câmara de Vila Real de Santo António, a Semana Intercultural do Projeto Escolhas Vivas, a fadista apresentou-se com um grupo de flamenco.
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