A mostra, “A Biblioteca de Gaspar Frutuoso”, vai estar patente até fevereiro próximo.
“Os meios de fortuna que possuía permitiram-lhe reunir uma importante biblioteca que à data da sua morte, em 1591, era composta por cerca de 400 obras impressas”, afirma a BNP, realçando que o sacerdote se “dedicou à composição do manuscrito, a que deu o título de ‘Saudades da Terra”, no qual tratou da história dos arquipélagos atlânticos (Madeira, ilhas das Canárias e Cabo Verde), mas, em especial, a história dos Açores”.
No entender da BNP “a obra de Gaspar Frutuoso tem sido negligenciada pela moderna historiografia portuguesa, que a tem encarado essencialmente de uma forma positivista, como fonte privilegiada para a história do descobrimento e da colonização dos arquipélagos atlânticos”, mas, realça a Biblioteca Nacional “a obra do religioso açoriano encerra outro tipo de notícias, não só sobre a formação cultural e sobre os métodos de trabalho do seu autor, mas também sobre o mundo das letras quinhentistas e sobre as práticas de escrita nele habituais”.
“Saudades da Terra” é “um dos mais notáveis empreendimentos cronísticos do século XV”, enfatiza a BNP.
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