“Apolo Descapotável” é a designação da nova criação da companhia Alma d’Arame, de Montemor-o-Novo (Évora), que vai estrear nesta cidade alentejana, a 7 de outubro, no âmbito do Mês do Teatro do concelho, foi hoje divulgado.

A mais recente produção da Alma d’Arame, que está a comemorar os seus 15 anos de existência, vai ser apresentada no Cineteatro Curvo Semedo, entre os dias 7 e 9 de outubro, sempre às 21:30, revelou a estrutura de criação artística, em comunicado.

Para criarem “Apolo Descapotável”, os encenadores, Amândio Anastácio, diretor artístico da Alma d’Arame, e Paulo Oliveira, músico e cenógrafo, partiram da peça “O Precipício de Faetonte”, do dramaturgo luso-brasileiro António José da Silva.

A peça vai ser interpretada pelos atores Jorge Serena e Paulo Quedas, ficando a música ao vivo, que acompanhará os intérpretes, a cargo de João Bastos.

O diretor artístico da companhia congratulou-se por o país se encontrar “numa fase de ‘virar a página’, de regresso gradual à normalidade, depois de tantas incertezas”, devido à pandemia de COVID-19.

“Olhamos com otimismo para o futuro e, em breve, o nosso público poderá voltar a encher as salas de espetáculos, sem restrições”, acrescentou.

Por isso, “é com redobrada satisfação que com ele partilhamos este momento de estreia, porque a partilha da arte é o nosso ADN”, frisou Amândio Anastácio.

Trata-se de “uma ocasião especial por se tratar também do ano em que a Alma d’Arame celebra 15 anos de atividade cultural ininterrupta desenvolvida com orgulho a partir de uma cidade do interior alentejano”, salientou o mesmo responsável.

No dia da estreia, os 15 anos da companhia vão ser assinalados também com o lançamento de um livro alusivo à produção que a Alma d’Arame estreou no ano passado, intitulada “O que o Mundo precisa é de uma Deusa ou a A Ilha dos Amores”.

As sessões de “Apolo Descapotável” têm entradas gratuitas, podendo os bilhetes ser adquiridos no Posto de Turismo de Montemor-o-Novo e no site da BOL.

A seguir, a 15 e 16 de outubro, a Alma d’Arame apresenta a peça no Teatro Ibérico de Lisboa.

Esta estrutura artística alentejana, fundada em 2006, acredita que “o efeito transformador que a arte pode exercer sobre o indivíduo e sobre a sociedade cria a esperança de que cada um tem o poder pessoal de gerar uma mudança”.

O percurso da Alma d’Arame tem-se pautado pela criação artística, programação cultural, formação e colaboração com as entidades locais, nacionais e internacionais.

O objetivo passa por contribuir para a divulgação das artes cénicas, dentro e fora de fronteiras, com particular destaque para o teatro de marionetas