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De acordo com uma nota dos promotores, enviada à agência Lusa, o projeto “tem como ponto de partida as vidas de pessoas que, como parte da luta contra o regime fascista e colonialista português, viveram na Europa de Leste”.
“Estas pessoas combatiam pelo fim da ditadura e pela independência das antigas colónias como Angola, Moçambique, Guiné-Bissau e Cabo Verde”.
O espetáculo – que incide sobre as relações entre o amor, laços familiares e a política – versa sobre o impacto que o tempo passado a Leste, para além da chamada Cortina de Ferro, teve nas vidas dos combatentes antifascistas, e questiona se essa experiência mudou a perspetiva dessas pessoas acerca do comunismo.
“Alguns deixaram o partido após essa experiência. Outros mantiveram-se comunistas. Alguns apaixonaram-se e formaram família no outro lado da Cortina; outras famílias desmoronaram com o colapso do comunismo em 1989”.
Criado por André Amálio e Tereza Havlíčková, “Amores de Leste – Hotel Europa” é interpretado pelos dois autores e Beatrice Cordier, Andreia Galvão, Jorge Cabral e Mbalango.
Tem a duração de 90 minutos e é falado em português, changana (dialeto da áfrica austral, que é uma das línguas faladas em Moçambique e noutros países africanos), alemão, russo e checo, e legendado em português.
Está agendado para as 19h00 de quarta-feira no grande auditório do Convento São Francisco.
O bilhete geral custa 10 euros, havendo bilhetes a oito euros para maiores de 65 anos, grupos de adultos com mais de 10 pessoas e estudantes, disse fonte daquele equipamento cultural.
A Hotel Europa “é uma estrutura financiada pela República Portuguesa - Ministério da Cultura / DGArtes e este projeto é financiado pelo Fundo de Fomento Cultural”.
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