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Trata-se da segunda apresentação do disco em Portugal, depois de um espetáculo em Espinho e de uma mini-digressão que passou pela Alemanha, Holanda e Suíça.
Desta vez, o palco do Teatro Maria Matos, em Lisboa, recebe um espetáculo cálido, vibrante que materializa o som coletivo de banda que foi explorado neste mais recente disco de Aline Frazão, refere a artista, em comunicado.
Além das composições de "Uma Música Angolana", o público pode contar com momentos mais intimistas da sua discografia, como o “Dentro da Chuva”, do seu álbum anterior.
Este quinto disco de Aline, que canta, toca e é compositora e produtora, navega entre vários ritmos de matriz africana, como a Massemba e o Kilapanga de Angola, o Batuku de Cabo Verde, o Soukous do Congo, o Afoxé e o Maracatu do Brasil.
“«Uma Música Angolana» sou eu. É um universo sonoro possível de misturas e improvisações jazzísticas, dançadas numa batida que vem de dentro do corpo, de dentro do sentimento. Porque religar é preciso”, afirma a artista.
No final de fevereiro, em entrevista à agência Lusa, Aline Frazão disse que este novo trabalho reflete todas as suas “inquietudes, dúvidas, incertezas e medos”, além de ter “uma festa dentro”.
“Estamos a viver momentos dramáticos, não é muito fácil ter fé na humanidade neste momento. A pandemia foi uma fatalidade que nos aconteceu, mas temos o caso da guerra que estalou na Europa e todas estas notícias são um pouco desanimadoras”, afirmou então a cantora.
Para amostra deste quinto álbum “Uma Música Angolana”, a cantora escolheu o tema “Luísa”, uma cantiga que acaba por trazer, outra vez, o tema das mulheres ao seu reportório.
“As mulheres, em qualquer profissão, não só na música, têm sempre a sensação de não estarem a fazer suficientemente bem. Têm de ser excecionais ou absolutamente perfeitas para serem consideradas iguais e merecerem um pagamento equitativo. Luísa fala disso, não só da parte da motivação, mas da importância de haver mulheres a escrever, a cantar, em todas as artes”, disse.
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