![Super Bock Super Rock: Massive Attack tiveram Liberdade e Igualdade como palavras de ordem](/assets/img/blank.png)
A banda de trip-hop de Bristol levou ao Super Rock um espetáculo com uma forte componente visual e com um marcado discurso político.
Durante o tema “Safe from Harm” (do álbum de estreia do grupo, “Blue Lines”, editado em 1991), pôde ler-se, nos ecrãs colocados no fundo do palco, que “todos os seres humanos nascem livres e iguais”, “nós somos iguais perante a lei” e que “todos têm o direito à Liberdade”.
Pelos ecrãs passaram também frases proferidas pelo ex-presidente norte-americano George Bush, o preço de medicamentos e o nome, ou logotipos, de multinacionais, palavras soltas, como “aceitar”, “concordar”, “incluir”, “afirmar”, “relacionar” e “gostar, e títulos de notícias dos últimos dias.
Enquanto se ouvia “Teardrop”, um dos temas mais populares da banda, deu-se o momento ‘telemóveis e máquinas fotográficas em riste’, para que o que se passava em palco ficasse registado em fotografia e/ou vídeo.
Ao fim de hora e meia e já no encore, os Massive Attack terminaram o espetáculo com “Unfinished Sympathy”, um dos clássicos da banda. Em palco, 3D e Daddy G, que fundaram a banda em 1988, tiveram a companhia dos cantores Martina Topley Bird, Horace Andy e Deborah Miller.
O palco principal abriu na quinta-feira, pelas 19:10, com o rock dos norte-americanos Vintage Trouble. Seguiram-se os britânicos Metronomy, que aproveitaram este regresso a Portugal para apresentarem ao vivo temas do novo disco, “Love Letters”, editado em março. Pelo meio dos temas, Joseph Mount aproveitou para elogiar o “belo país” [Portugal], “um dos primeiros lugares onde a banda tocou fora de Inglaterra”.
A canção principal da banda sonora do filme da Disney “O Rei Leão”, “Can you feel the love tonight”, de Elton John, marcou o arranque o concerto dos australianos Tame Impala, que passaram em revista os dois álbuns já editados, “Innerspeaker” (2010) e “Lonerism” (2012).
As atuações do palco principal terminaram com os Disclosure, cujo concerto começou pelas 02:00.
Os portugueses Million Dollar Lips abriram os concertos no palco secundário às 18:40 de quinta-feira, hora a que ainda muitos festivaleiros atravessavam o recinto de mochilas às costas rumo à zona de campismo.
No mesmo palco, seguiu-se o norueguês Erlend Oye, metade dos Kings of Convenience, que achou que o público “estava lindo ao pôr-do-sol”.
O músico, entre elogios ao público português que é “bom a ouvir e está sempre com um sorriso”, apresentou temas mais antigos e outros do álbum que irá editar em outubro.
Dos temas dignos de final de tarde de Erlend Oye, passou-se para a festa dos australianos Cat Empire. A atuar pela primeira vez em Portugal, a banda tinha à sua espera um grupo de fiéis seguidores que a recebeu a dançar e a cantar.
Depois foi a vez do britânico Jake Bugg, que foi alternando temas dos dois álbuns que tem editados, alguns acompanhados em coro pela plateia.
Os espetéculos no palco secundário encerraram com Panda Bear, que começou a atuar pela 01:00.
Pelo palco Antena3 passaram na quinta-feira dois projetos nacionais, bastante distintos: Ciclo Preparatório e Frankie Chavez.
Os primeiros, que são um grupo e cantam em português, apresentaram temas do seu álbum de estreia, “As viúvas não temem a morte”. Já o segundo, que em palco se fez acompanhar pelo baterista João Correia (Julie & the Carjackers e They’re Heading West), é um guitarrista que canta em inglês e vai já no segundo álbum de originais, “Heart&Shine”, editado em maio.
No palco da Antena3 seguiram-se as atuações de DJ, estando a última marcada para começar pelas 04:30.
@Lusa
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