Em entrevista à Deutsche Welle e quanto questionado sobre o motivo dos Scorpions terem mudado de planos em relação ao seu anunciado fim, que deveria ter decorrido no final de 2012, após uma digressão de despedida de três anos, Meine explicou: “Quando tu começas uma digressão de despedida de três anos, sabes que tens muito tempo pela frente. Mas esse período longo passou muito mais rápido do que imaginámos. Quanto mais te aproximavas do objetivo – Munique, em dezembro de 2012 – mais forte era o sentimento de que não tínhamos, de todo, chegado ao fim. Tínhamos tantas imagens nas nossas mentes, tantas emoções nos nossos corações. Tudo o que experenciámos entre 2010 e 2012, os 200 concertos – foi tudo tão poderoso. Estás no palco, olhas para baixo e vês tantos fãs – incluindo uma geração mais nova, que começa a conhecer-nos e nos diz: ‘Isto é tão fixe. Estamos a ver-vos pela primeira vez. Quando voltam?’. É tão motivador e inspirador tocar para três gerações. Estamos todos a divertir-nos demasiado para pousarmos as guitarras”.

“O sucesso da digressão de despedida impressionou-nos”, acrescentou Rudolph Schenker, que continuou: “Quando vês que tens toda uma nova geração à tua frente – imensa gente com 18, 19 e 20 anos de idade – tu ganhas toda uma nova motivação. Essencialmente, anunciámos a digressão de despedida porque não queríamos estar em palco e não sermos capazes de dar às pessoas o que elas esperavam de nós”.

“No início, havia muitos argumentos a favor de pararmos”, explicou, por sua vez, Matthias Jabs. “Mas foram rapidamente ofuscados pelo sentimento de diversão que tudo isto implica. Não importa onde fomos, os espetáculos que fizemos – na América do Sul, nos Estados Unidos, pela Europa. Por isso, pensámos: Isto não pode mesmo ser o fim”, concluiu.

Em 2015 deverá chegar, inclusive, um novo álbum da banda, que editou em 2010 o seu último álbum de originais, “Sting in the Tail”.

“Em 2015, quando celebrarmos – e é quase difícil dizê-lo – o 50º aniversário, iremos querer, claramente, lançar um grande álbum. Temos estado em estúdio nas últimas semanas, a continuar o que começámos em 2011. Estamos a chamar o projeto de ‘Outtakes’. Voltámos atrás e ouvimos canções dos anos 80, explorámos os nossos arquivos, abrimos todas as gavetas. Encontrámos imenso material – muitas faixas que nunca editámos, incluindo algumas que não acabámos de compor. Também nos deparámos com rascunhos de letras, e também me sentei a escrever novas letras. Encontrámos um tesouro ou dois por lá. O álbum também terá novo material – músicas que estamos agora a fazer. É um projeto verdadeiramente excitante”, contou Meine.