![Orquestra Metropolitana de Lisboa apresenta «Messias», de Handel](/assets/img/blank.png)
O concerto, marcado para a próxima sexta-feira às 21:00, no grande auditório do CCB, em Lisboa, conta com a participação do coro de câmara Lisboa Cantat, dirigido por Jorge Carvalho Alves, e dos solistas Sara Braga Simões (soprano), Clint Van der Linde (contratenor), Mário João Alves (tenor) e João Fernandes (baixo).
Um novo concerto da Metropolitana, no sábado, às 21:30, no Forum Luísa Tódi, em Setúbal, retoma a oratória de Handel, assim como no domingo, às 17:00, na Basílica do Palácio-Convento de Mafra.
Em comunicado, a Metropolitana assinala que “Messias”, de Handel, é “música sacra para vozes solistas, coro e orquestra, em que são cantados textos bíblicos em formato de concerto”. “Sem dimensão cénica, é plena de teatralidade. Substituiu a previsível narrativa dramática em torno do nascimento, vida, morte e ressurreição de Cristo, por uma profunda meditação em torno da sua figura”, lê-se no mesmo texto.
Esta oratória foi estreada em Dublin, na Páscoa de 1742. As escrituras bíblicas foram escolhidas no Antigo e Novo Testamentos, dividindo-se a oratória em três partes. “Na primeira são evocadas profecias e aclama-se a encarnação do Messias. Preenche-se deste modo quase metade da obra, em plena consonância com a temática religiosa que substancia a celebração do Natal. Depois, na segunda parte, relata-se a paixão e a ressurreição de Cristo. Já nos derradeiros números, na terceira parte, comemora-se o triunfo, a descida do Espírito Santo sobre os Apóstolos”, escreve Rui Miguel Leitão, da OML.
Com base nesta estrutura, “Messias” de Handel “liberta-se dos constrangimentos do calendário litúrgico, para se afirmar como uma obra de concerto que se presta a ser interpretada em qualquer altura do ano”, conclui.
Marcos Magalhães é licenciado pela Escola Superior de Música de Lisboa e pelo Conservatório Nacional Superior de Música de Paris onde obteve, em 1999, o 1.º Prémio, tanto em cravo como em baixo contínuo (acompanhamento). Recentemente tem tido aulas de direção de orquestra com Jean Marc Burfin. Foi bolseiro do Governo francês, de 1995 a 1998, e da Fundação Calouste Gulbenkian, de 1998 a 2000.
Marcos Magalhães tem desenvolvido uma atividade concertística regular, tanto em Portugal como no estrangeiro, integrado em diferentes conjuntos como o Ensemble Barroco do Chiado ou Os Músicos do Tejo. Marcos Magalhães fez parte das orquestras Gulbenkian, Metropolitana de Lisboa, da Madeira e da Barroca da União Europeia.
Como cravista editou em 2007 o disco "Sementes do Fado", com a soprano Ana Quintans e o guitarrista Ricardo Rocha. Gravou em CD com "Os Músicos do Tejo" a ópera "La Spinalba", de Francisco António de Almeida. Também com este agrupamento editou o CD "As Árias de Luísa Todi", tendo Joana Seara como solista.
O compositor Georg Friedrich Hanndel nasceu em Halle, na Saxónia, em 1685, tendo-se naturalizado cidadão britânico em 1726. Iniciou a sua formação musical com o organista Zachow. Foi violinista e regente da orquestra da ópera de Hamburgo, de onde viajou para Itália, nos começos do século XVIII. Em Roma e Veneza alcançou grande sucesso, em particular no campo da música sacra. Durante a sua primeira viagem a Itália, estreou “Agrippina” (1709), drama que sucedeu, entre outros, a "Almira" e "Rodrigo".
De regresso à Alemanha, trabalhou ainda para o eleitor de Hannover (futuro Jorge I de Inglaterra), de onde partiu para Londres, em 1710, cidade onde viria a fixar-se, trabalhando para casas senhoriais e para a própria corte, antes de se firmar como empresário e compositor de ópera, acabando por criar a companhia de Covent Garden.
Handel morreu em abril de 1759, na capital britânica. Compôs dezenas de óperas como “Rinaldo” (1711), “Deidamia”, “Júlio César” (1724), “Orlando” (1733) e “Alcina” (1735), e também oratórias como "O triunfo do tempo e do desengano", "Jephtha" e "Teodora", além de centenas de hinos, canções, cantatas e duetos, assim como obras orquestrais e instrumentais, de que se destacam os "Concerti grossi" ou a "Música para os reais fogos de artifício" .
@Lusa
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