As Freiras fazem parte de uma antiga ordem que tem a sua origem no Séc. VI, e continuam a tradição de levar uma vida enclausurada, literalmente atrás de portas fechadas. Por permanecerem «enclausuradas» do mundo exterior, qualquer visitante, mesmo que familiar, tem sempre de comunicar com as irmãs através de uma grade. Assim que elas fazem os votos de entrada no Convento, mantêm-se no seu interior até à morte.

«Nós não andámos à procura disto; isto veio ter connosco», diz a Reverenda Madre Abadessa. «No princípio estávamos preocupadas com a possibilidade de isto afectar a nossa vida de clausura, por isso pedimos conselho a S. José em oração. As nossas orações tiveram resposta e pensamos que este álbum pode vir a ser uma coisa boa se tocar a vida das pessoas e as ajudar a encontrar a paz».

Para evitar intrusões na sua vida diária, as freiras vão filmar o seu próprio anúncio de televisão e fazer a fotografia de capa do seu álbum. Estas freiras auto-suficientes - que contam entre si com uma canalizadora, uma engenheira, uma electricista, uma tecelã de seda e uma assistente de dentista - também proibiram os patrões da companhia discográfica de entrar nos seus claustros.

Dickon Stainer, Director de Management da Decca Records, diz: «Eu passei-lhes o contrato através das grades, elas assinaram-no e devolveram-no. Apesar das Freiras nunca saírem do Convento, o mundo inteiro vai agora poder ouvir a verdadeira beleza do seu canto».

O álbum das Freiras vai apresentar a forma mais antiga de Canto Gregoriano, que as irmãs cantam oito vezes ao dia e que foi a primeira forma musical a ser escrita em pauta. Tom Lewis, Director de A&R Decca Records, diz: «Ouvir os cânticos das Freiras permite abstrair-nos dos desafios, preocupações, ruído e agitação da vida moderna. Temos o vislumbre de um mundo secreto feito de paz e calmaria».

O contrato com as Freiras segue-se ao sucesso mundial dos Monges Cisteriences de Stift Heiligenkreuz, cujo álbum «Chant: Music For Paradise», editado em 2008, vendeu mais de um milhão de exemplares.