![Nouvelle Vague no Tmn ao Vivo: A celebração do movimento francês](/assets/img/blank.png)
Embora atrasada, a banda de Marc Collin e Olivier Libaux, que agora tem as vozes de Phoebe Killdeer, Elodie Frégé e Zola, não desiludiu ninguém quando entrou em palco e abriu a contenda com “The Killing Moon”, dos Echo and The Bunnymen. Aquela que é, desde há alguns anos, uma das bandas de covers mais bem-sucedidas de sempre soube agarrar o público do início ao fim, com música sem parar, danças desenfreadas e muita sensualidade feminina.
E, se desta vez não se ouviram covers de canções portuguesas nem convidados especiais, o projeto francês soube reproduzir com mestria as suas próprias versões, passando do new wave, do punk e do indie oitentista até a um bossa nova elegante, em versões acetinadas e muito femininas.
A julgar pelas reações, diríamos que a banda não perdeu nem um pouco de popularidade no nosso país. “Master and Servant”, dos Depeche Mode; “Dancing With Myself”, de Billy Idol, ou “Too Drunk to Fuck”, dos Dead Kennedys, foram outros dos momentos da noite.
“Estou perdida na floresta… na floresta de todos vós”, anunciava a bela Elodie Frégé, o elemento mais sexy do grupo, antes de se lançar a uma versão de “A Forest”, dos The Cure.
Claro que temas como “Human fly”, dos The Cramps, “I Just Can’t Get Enough”, dos Depeche Mode, ou “Putain, putain”, tema francês dos TC Matic, também não poderiam faltar num concerto dos Nouvelle Vague.
Não é qualquer banda que desconstrói temas e lhes concede um novo caracter individual, muito mais relaxante, ideal para um encontro romântico ou um jantar à luz das velas. Os Nouvelle Vague fazem-nos como ninguém, num jogo sedutor que não deixa ninguém indiferente.
E foi assim, num concerto galopante – passou mesmo num instante -, que chegámos ao término do espetáculo. Tivemos direito não a um, mas a dois encores, o último protagonizado apenas por Olivier Libaux e a ruiva Elodie Frégé, num registo acústico.A sala esvaziou rapidamente e, cá fora, os sorrisos rasgados estampados nos rostos dos presentes denunciavam como tinha corrido a noite. Hoje, já ninguém nos engana: os Nouvelle Vague têm casa em Portugal.
Texto: Alexandre Lopes
Fotografias: Marta Ribeiro
Comentários