“A ideia é orientar e passar alguns ensinamentos fundamentais a muitos argentinos que ou já cantam ou querem cantar fado, explicando-lhes tempos, melodias, os tons apropriados a cada voz”, explicou à Lusa o guitarrista, compositor e poeta Paulo Valentim.

Paulo Valentim é autor de vários poemas para fado e melodias fadistas - nomeadamente “Segredos”, de Katia Guerreiro -, fez parte da equipa autoral do musical “Fado, História de um Povo” e está atualmente a dirigir, com Bruno Costa (viola), a Parreirinha de Alfama, fundada pela fadista Argentina Santos.

Os músicos marcam igualmente presença nos diferentes espetáculos, acompanhando os fadistas argentinos.

O II Festival Portenho de Fado e Tango realiza-se a partir de hoje, até sábado, na capital argentina, sob o lema “Ambos puertos, unión e identidad”. Segundo a organização, o festival tem por objetivo “a convivência autêntica entre os dois géneros nacionais urbanos, dando espaço a novos artistas e aos que fazem o seu caminho há mais tempo”.

“De origens diversas e um ADN comum, o Tango e o Fado têm uma alma nostálgica e de ‘saudade’. Tango e Fado têm uma história paralela e uma vivência boémia”, afirma a organização, que decorre no âmbito do Mecenazgo Cultural da Cidade de Buenos Aires.

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