![Festival Rescaldo 2014 revela «a mais recente música portuguesa de vanguarda»](/assets/img/blank.png)
O festival Rescaldo 2014 terá doze concertos e uma sessão de DJing de 20 de fevereiro a 1 de março, repartindo-se entre a Culturgest e a loja de discos Trem Azul, em Lisboa.
“A próxima edição terá menos nomes conhecidos, mas a programação está mais coerente e com qualidade. Há mais músicos fora de Lisboa – que tem sido o centro de grande movimentação – e revela o que os músicos têm estado a fazer”, explicou o programador hoje na apresentação do festival.
O Rescaldo servirá ainda de palco de apresentação de alguns dos registos discográficos da editora independente portuguesa Shhpuma, lançada este ano. Entre os álbuns a apresentar estão “On the drive for impulsive actions”, do harpista Eduardo Raon, “Timespine”, de Adriana Sá, John Klima e Tó Trips, e um álbum do pianista Simão Costa. Destaque ainda para o lançamento, durante o Rescaldo, do álbum do guitarrista Thurston Moore, ex-Sonic Youth e que esteve em 2012 numa residência artística em Lisboa, gravado com Pedro Sousa e Gabriel Ferrandini.
O festival Rescaldo arrancará na Trem Azul com dois tons de rock, segundo Jorge Travassos: os portuenses 10.000 Russos, “rock aventureiro marcado pelo krautrock”, de João Pimenta e Pedro Pestana, e com The Jack Shits, banda recente de “garage rock” que junta Diogo Augusto e Samuel Silva (Marinha Grande) com Nick Nicotine (Barreiro).
A 21 de fevereiro, já na Culturgest, apresentam-se o guitarrista Nuno Rebelo, numa atuação a solo a propósito ainda da antologia que editou recentemente, intitulada “Removed from the flow of time – guitar solos 1992-2002”, e o pianista Rodrigo Pinheiro (do RED Trio) em diálogo com o músico alemão Thomas Lehn.
Sábado, 22 de fevereiro, o Rescaldo passa pelo concerto do pianista Tiago Sousa que pela primeira vez junta a palavra à sua música, com a ajuda da declamação de Maria Leite, e pela atuação do harpista Eduardo Raon com o músico esloveno Tomaz Grom.
O pianista e investigador Sérgio Costa, para piano preparado e altifalantes, os Sturquen, dos portuenses César Rodrigues e David Arantes, e os Fat Freddy – ao fim de oito anos de silêncio - atuam no dia 27 de fevereiro.
Na reta final do festival, no dia 28 apresentam-se o baterista portuense Nuno Aroso, com o espetáculo “Asperes”, com recurso a “matérias sonoras não convencionais, como pedras e metais”, e o guitarrista Peixe (Ornatos Violeta), ainda à boleia do álbum “Apneia”.
O Rescaldo termina na Trem Azul no dia 1 de março com um concerto dos Kilimanjaro, um dos exemplos do rock de Barcelos, e com uma atuação do músico Vítor Rua (ex-GNR e Telectu), em versão DJ.
Em complemento aos concertos, a Trem Azul exibirá uma exposição de ilustração de Amanda Baeza.
@Lusa
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