As receitas obtidas no concerto, que decorrerá no Teatro Académico de Gil Vicente, reverterão a favor da LPCC, que comemora 73 anos e que trabalha na área da prevenção do cancro e do estímulo à investigação em oncologia.

"Esta é uma causa que nos é próxima", disse à agência Lusa Ana Bacalhau, vocalista dos Deolinda, referindo que "toda a gente conhece alguém que foi afetado pelo cancro".

Ana Bacalhau recordou "o desinvestimento na área da saúde" e lembrou “notícias preocupantes sobre falta de tratamento de pessoas com cancro".

"Isto é problemático. Preocupa-me a falta de interesse por parte do Estado" em relação às políticas de saúde na área da oncologia, criticou, acrescentando que, para além do desinvestimento na saúde pública, deveria "haver uma estratégia de informação à população, quanto aos cuidados a tomar e exames preventivos a fazer".

Para os Anaquim, é também "um prazer enorme" a associação a "uma causa tão nobre", afirmou José Rebola, membro da banda conimbricense.

O cancro "é um flagelo dos nossos dias. Uma crise que está instalada há mais tempo do que a ‘troika’", disse, considerando que instituições como a LPCC mostram que "as pessoas se conseguem organizar de forma solidária e encontrar soluções onde elas faltam".

O concerto de sexta-feira começa às 21:30 e o preço dos bilhetes é 15 euros.

@Lusa