"Não há ano em que não chova em Paredes de Coura". Esta frase é repetida, edição após edição, por boa parte do público do festival minhoto. E com alguma razão, porque um dos motivos que o distingue (e que até reforça a sua mística) é o clima geralmente rigoroso - que vai de uma tarde soalheira a uma noite gélida num ápice, assim como de um Sol de torrar a uma chuvada digna de respeito.

Por isso, e mesmo que este ano o Instituto de Meteorologia aponte para quatro dias de vento fraco e céu limpo na praia fluvial do Tabuão, convém deixar algum espaço na mochila para um impermeável - ou até para um guarda-chuva, casaco e/ou umas botas (porque a lama pode ser um empecilho considerável), caso a desconfiança quanto ao mau tempo seja maior.

Mais agradáveis do que a chuva, os mergulhos no rio Tabuãonão estarão interditos ao longo desta edição do festival, ao contrário do que algumas notícias apontaram nos últimos dias (as análises mais recentes apresentadas pela organização desmentem a existência das polémicas salmonelas). Protector solar e calções/fato/toalha de banho impõem-se então como outros acessórios a não deixar de fora antes de seguir viagem para o Minho.
Para o Minho ou para o Alentejo, já que a praia da Zambujeira do Mar também convida a banhos e, em muitos casos, estes acabam por reclamar mais atenções do que o cardápio musical. Para o Sudoeste convém levar também roupa leve e prática e muita água, não vá a desidratação tirar a piada de um ou outro concerto.

Já para o calor da noite, e aqui a regra vale para grande parte dos festivais, convém ir prevenido a dobrar: tanto o repelente para insectos como os preservativos podem ser bons aliados para evitar repercussões além-Verão - uma lanterna também não é de desprezar, por muito luminosos que alguns telemóveis sejam (de preferência devidamente carregados).

Por último, mas não menos importante: o Sudoeste em particular obriga também a outros protectores: os auditivos, não tanto para os concertos do recinto mas para os do parque de campismo, de tom mais amador e a más horas - até porque depois de um dia de praia e música esperam-se melhores companhias para adormecer do que os batuques e cantorias dos vizinhos.

@Gonçalo Sá