![Cinco portugueses juntam-se a Adrian Utley, dos Portishead, em Lisboa](/assets/img/blank.png)
"In C", composta em 1964 e considerada uma das obras emblemáticas do minimalismo, consiste numa série de 53 frases musicais, com uma duração variável e que podem ser interpretadas por um número ilimitado de instrumentistas e de tempo. O resultado é uma peça circular, hipnótica, abstrata, marcada pelo aleatório, consoante a vontade de interpretação de cada um dos músicos.
Adrian Utley decidiu criar uma orquestra - com 19 guitarristas, quatro teclistas/pianistas e um clarinetista - para fazer uma versão daquela composição, tendo-a gravado em Bristol e editado em disco em outubro.
Agora, Adrian Utley apresenta a mesma composição em Lisboa com uma renovada orquestra com 13 guitarristas, incluindo os portugueses André Gonçalves, Filipe Felizardo, João Paulo Feliciano e Peixe, assim como o pianista Tiago Sousa.
Embora a composição possa ser tocada por um número ilimitado de horas, o compositor Terry Riley, 78 anos, considera que a média de interpretação é entre os 45 e os 90 minutos.
Em Lisboa, além de Adrian Utley e dos músicos portugueses, a Guitar Orchestra contará ainda com os guitarristas Alex Hogg, Charlie Romijn, Deej Dhariwal, Denny Ilett, Jeff Spencer, Neil Smith, Riccardo Dillon Wanke e Stig Manley, com Charles Hazlewood (órgão) e Ross Hughes (órgão e clarinete baixo).
Adrian Utley, 56 anos, conhecido sobretudo como guitarrista dos Portishead, considera "In C" "uma extraordinária peça de composição e pensamento criativo. É uma nova ideia de interpretação em grupo. O começo do que conhecemos como minimalismo", lê-se no site da editora Invada Records.
@Lusa
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